Em consequência, as taxas anuais de variação do emprego assumiriam, para os diversos sectores, nos períodos e hipóteses discriminados, os valores representados no quadro VII.

No sector agrícola, a diminuição da população activa empregada prevê-se venha a registar-se na medida das necessidades de mão-de-obra das restantes actividades e da amplitude das correntes emigratórias. Se os saldos migratórios se não afastarem substancialmente dos valores estimados, calcula-se que a taxa de redução do emprego no sector agrícola seja, como atrás se referiu, de 8,0 por cento no período do III Plano.

De maneira geral, as variações do emprego serão provavelmente mais vincadas nos aspectos qualitativos do que nos quantitativos, o que implicará evolução moderada do nível geral do emprego e aumento mais acentuado da taxa média de produtividade.

Em virtude dos ritmos previstos para a evolução nas várias actividades, regista-se no quadro VIII a importância que cada sector assumirá nas variações anuais do emprego.

Variações médias anuais do emprego

Variações médias anuais da produtividade

Dentro das hipóteses admitidas, o acréscimo de emprego nas actividades industriais e nos serviços somente será possível pela redução correspondente no sector primário - em média, 85 000 no hexénio do III Plano.

Em contrapartida, os aumentos médios anuais do emprego nos sectores secundário e terciário serão da ordem dos 21 800 e 30 800, respectivamente.

As actividades onde se prevêem sensíveis aumentos médios anuais de emprego são, no sector secundário, as indústrias transformadoras (14 000) e as indústrias de

construção (7700) e, no sector terciário, os serviços diversos (20 000) e os serviços de saúde e educação (9300).

Os volumes de emprego em cada sector deverão, portanto, sofrer alterações apreciáveis ao longo do período do III Plano. Assim, as actividades da agricultura, que em 1960 ocupavam l 300 000 activos, e em 1965 cerca de 1 075 000 trabalhadores, passariam a ocupar cerca de 799 000 em 1973. Os serviços domésticos registarão também, provavelmente, substanciais reduções de emprego - de 184 000 em 1960 para níveis de 160 000 em 1965 e de 128 000 em 1973. Nas indústrias extractivas, admite-se a permanência do nível de emprego verificado no período de 1962-1964 - cerca de 21 700. Nas restantes actividades prevêem-se aumentos dos respectivos níveis de emprego, devendo, em valor absoluto, salientar-se as indústrias transformadoras, que de 737 000 activos em 1965, passarão a ocupar cerca de 845 600 em 1973, as indústrias de construção, de 241 000 em 1965 para 295 000 em 1973, e o comércio, de 243 000 para 250 000.

Os acréscimos mais rápidos devem registar-se nos serviços diversos, de 160 000 para 274 000, nos serviços de saúde e educação, de 91 000 para 155 000, e nos bancos, seguros e operações sobre imóveis, de 28 400 para 43 000.

As alterações estimadas na estrutura do emprego para os três grandes sectores resumem-se no quadro X.

Níveis e distribuição sectorial do emprego