Fontes: Estatística Industrial, Estatística das Sociedades, Anuário Estatístico, Contas Nacionais, Orçamento Geral do Estado, Recolha de elementos sobre mão-de-obra (Fundo de Desenvolvimento da Mão-de-obra, Janeiro de 1965 (dados provisórios)

A observação das taxas médias de crescimento anual dos vários sectores, no decénio em analise, mostra também que, com excepção da agricultura, todas as actividades com remunerações inferiores à média beneficiaram de percentagens de aumento superiores a 6 por cento, o que implica a redução da amplitude máxima do intervalo, de 860,4 para 801,4, e do desvio médio em relação a média, de 79,5 para 62,11

Esta evolução, numa óptica de repartição, deve considerar-se correcta, na medida em que a redução das acentuadas diferenciações intersectoriais conduz a maior harmonia dos níveis de remuneração

Apesar disso, a amplitude do desvio continua a apontar a necessidade de procurar elevar progressivamente os níveis salariais dos sectores mais desfavorecidos

A taxa de crescimento das remunerações foi sensível

A evolução processada no decénio apresenta características diferentes no decurso do I e II Planos.

1 Por amplitude do intervalo entende-se a diferença entre os índices máximo e mínimo em relação à média.

O desvio em relação a média corresponde a média aritmética das diferenças, para 100. dos índices de cada actividade sem atender ao sinal O valor obtido traduz, portanto, o grau médio de dispersão das remunerações dos vários sectores em relação à média

Os números apresentados dizem respeito, mios casos, às principais divisões e, noutros, aos desdobramentos destas que figuram no quadro XXVIII considerando apenas os elementos ao nível das divisões, isto é, abstraindo dos referidos desdobramentos, estes valores reduzem-se bastante, uma vez que a dispersão da média das remunerações dos bancos e do comércio, dos serviços públicos e privados e da agricultura e pesca é menos acentuada que a das respectivas classes que a compõem

A taxa de crescimento das remunerações foi sensivelmente mais elevada no período de 1958-1959 a 1968-1964 (7,5 por cento) do que no período de 1953-1954 a 1958-1959 (4,5 por cento). De maneira geral, este aumento médico resultou de aumentos mais ou menos acentuados em todos os sectores de actividade 1. Salientem-se particularmente os casos da agricultura, dos serviços privados.

1 Constituem excepção o sector das indústrias extractivas, cujas taxas baixaram de 7,7 por cento para 6,6 por cento, e o funcionalismo público, que passou de 2,7 por cento para 2 por cento Note-se, porém, que, neste último caso, as percentagens não traduzem a realidade, pois, na medida em que os aumentos dos ordenados se verificaram em 1968 e os taxas são baseadas na média de 1958-1959, esse método conduz a que o aumento se reparta pelos dois períodos