Diferenciações entre as remunerações médias diárias dos homens e das mulheres por graus de qualificação

Fontes Recolha ao elementos sobre mão-de-obra realizada pelo Fundo de Desenvolvimento da mão-de-obra, em Janeiro de 1965 (dados provisórios); X Recenseamento Geral da População.

Diferenciação entre as remunerações medias diárias dos homens e das mulheres por divisões da actividade económica

(a) Não inclui os serviços de administração pública, nem os serviços domésticos

Fontes. Recolha de elementos sobre mão-de-obra realizada pelo Fundo de Desenvolvimento da mão-de-obra em Janeiro do 1965 (dados provisórios); X Recenseamento Geral da População Apesar de a taxa de crescimento das remunerações ser encarada como indicador corrente da evolução do aumento do nível do vida dos trabalhadores, na medida em que o salário é a sua fonte principal de rendimento, sem dúvida que só o valor real das remunerações traduz efectivamente esse aumento, pois a sua expressão monetária está sujeita a depreciações em consequência do aumento dos preços, o que implica a redução do poder de compra real daquelas remunerações. Assim, a evolução do nível de vida do trabalhador somente poderá ser avaliada com alguma correcção através da taxa de acréscimo dos salários reais, isto é, das remunerações nominais deflacionadas através do custo de vida

Tomando para base a taxa de inflação utilizada nas Contas Nacionais, elaborou-se o gráfico I, onde figuram, para o período de 1953-1964, as evoluções dos salários nominais, do custo de vida e dos salários reais, ou seja, dos salários deflacionados

Segundo os elementos publicados, o a gravamento do custo de vida entre 1958 e 1964 foi apenas de 15,1 por cento, o que corresponde a taxa de inflação anual de 1,38 por cento e conduz à redução da taxa de aumento dos salários nominais (que, como já se salientou, foi de 5,96 por cento para 4,51 por cento) Note-se que a redução da taxa de acréscimo dos salários nominais foi mais acentuada no decurso do II Plano do que no I, na medida em que a taxa de inflação se elevou de l por cento para 1,6 por cento Dai que as taxas de crescimento dos salários nominais nos referidos períodos (4,46 por cento e 7,47 por cento, respectivamente) se tivessem aproximado ligeiramente 2. Pode, assim, concluir-se que, apesar de as remunerações nominais terem evoluído em ritmo acentuadamente mais elevado no decurso do II Plano, o acréscimo de benefício leal de que o trabalhador usufruiu foi efectivamente mais reduzido do que o sugerido por aquela diferença

1 Esta taxa corresponde aproximadamente ò. verificada na cidade de Lisboa, entre 1953 e 1958, segundo os índices do custo do vida do Instituto Nacional de Estatística. A partir desta data, porém, os índices de custo de vida de Lisboa silo ligeiramente mais acentuados, pois, enquanto naquele período o índice de Lisboa foi de 105,5 e o utilizado nas Contas Nacionais de 105,1, em 1964 os mesmos índices elevaram-se, respectivamente, para 120,8 e 110,8

Deu-se preferência aos elementos das Contas Nacionais na medida em que, sendo do âmbito continental, em princípio deveriam traduzir com maior rigor a evolução do valor da moeda

2 As taxas, depois de deflacionadas pelo índice do custo de vida, baixaram para 1,17 no período do I Plano e para 5,88 no decurso do Plano