Depreende-se que.

Na pesca, na electricidade e nas indústrias transformadoras, a evolução da produtividade foi, ao longo de 1958-1964, superior à dos salários nominais,

Nas indústrias extractivas, na agricultura e nos bancos, seguros e operações sobre imóveis1, pelo contrário, nota-se, ao longo do mesmo período, uma evolução da produtividade predominantemente inferior a dos salários nominais,

No comércio, nos serviços e aos transportes verificam-se, a partir de 1958-1959, evoluções mais ou menos opostas e, até certo ponto, complementares das existentes até essa data. As duas primeiras actividades, que registaram evolução da produtividade superior à dos salários no primeiro período, tiveram, no decurso do segundo, aumentos de salários superiores aos da produtividade, sobretudo no caso do comércio; nos transportes verificou-se o contrário,

Na construção, a produtividade, até 1968, teve crescimento inferior ao dos salários, registando-se apenas no último ano uma acentuada subida daquela em relação a estes.

1 Para facilitar, designar-se-á esta divisão apenas pela primeira expressão, ou seja, bancos

Evolução da produtividade e das remunerações médias anuais, por classes da industria transformadora, segundo a amostra total da estatística Industrial

Preços correntes

Dentro das indústrias transformadoras, os sectores onde se verificou uma evolução da produtividade superior à dos salários foram, designadamente

Têxteis.

Transformadoras diversas

Produtos metálicos

Papel.

Produtos minerais não metálicos.

Borracha

Bebidas.

Químicas

Máquinas e material eléctrico. Muito embora os factores que, teoricamente, devem condicionar a evolução das remunerações sejam, como já se salientou, os aumentos do custo de vida e da produtividade, sem dúvida que, na prática, um dos principais factores determinantes é a situação do mercado de trabalho Com efeito, enquanto a evolução do custo de vida e, em parte, os aumentos da produtividade constituem instrumentos de uma política de rendimentos.