O programa, que prevê a construção de novas unidades, a valorização de outras e a conversão de navios de linha em arrastões, desenvolve-se como a seguir se indica,
Construção de três arrastões de 2800 tAB. Em cada um dos anos de 1968, 1970 e 1972 será iniciada a construção de um destes navios,
Construção de um navio long liner em 1973,
Construção, nos anos de 1972 e 1978, de quatro unidades para a pesca em parelha, à razão de uma parelha por ano,
Recondicionamento dos arrastões em serviço e conversão dos navios de linha era arrastões. Este empreendimento irá sendo realizado ao longo dos seis anos do Plano.
Em virtude dos investimentos realizados ùltimamente, os rendimentos obtidos têm crescido de ano para ano.
Assim, o rendimento das pescas locais foi em 1956 de 193 244 contos, e em 1965 de 283 780 contos.
Também o número de embarcações, que em 1956 era de 9548 unidades, comportando um total de 22630 tAB, passou, em 1965, para 10 814, às quais correspondiam 31 570 tAB. Para o período do III Plano, a produção prevista paia esta pesca apresenta a distribuição a seguir indicada
Toneladas
1968 50 000
1969 51 000
1968 50 000
1969 51 000
1970 52 000
1971 53 000
Estes quantitativos poderão, no entanto, sofrer oscilações devidas aos condicionalismos muito particulares que caracterizam a pesca local
Durante o hexénio proceder-se-á à motorização e reparação de embarcações e a renovação de apetrechos de pesca.
Calcula-se que nos seis anos de vigência do Plano se obtenha a produção de 6000 t/ano, em 1968 o 1969, de 7000 t/ano, em 1970 e 1971, e de 7500 t/ano, em 1972 p 1973.
A acção a desenvolver amante aquele período respeita a parques de criação e a instalações de depuração e afinação.
Para o período de 1968-1973, considerou-se a construção de viveiros para lagostas e o melhoramento de instalações industriais para o aproveitamento de cetáceos e de secagem de bacalhau.
Diversas medidas foram postas em prática para melhorar o sistema, salientando-se as respeitantes à montagem de instalações frigoríficas portuárias e a acção já mencionada do Serviço de Abastecimento de Peixe ao País. Haverá, no entanto, que prosseguir a obra iniciada, racionalizando os circuitos de distribuição e promovendo novas realizações, até se conseguir que o peixe fresco e congelado atinja todos os pontos do País nas melhores condições hígio-sanitárias, que os preços se mantenham acessíveis a todos os est ratos da população e que o produtor aufira o justo rendimento do trabalho e capital investidos
Para o período de 1968-1973, prevê-se a montagem de diversas instalações frigoríficas portuárias e do venda, nos centros de descarga e, ainda, a integração dos produtos da pesca na Rede Nacional do Frio, cujo delineamento, pelo Ministério da Economia, é previsto para os primeiros anos deste III Plano
O programa obedece ao esquema seguinte
As instalações do porto de pesca de Lisboa e as de Matosinhos, cuja capacidade frigorífica é, respectivamente, de 11 000 m3 e 12 600 m3, servirão de base à distubuição do pescado, pois só nesses dois portos se podem descarregar com facilidade e armazenar convenientemente grandes quantidades de peixe Aqueles portos passarão a assegurar o abastecimento dos grandes centros urbanos do País, denominados «centros principais», donde partirão circuitos menores para outros pontos do continente, designados por «centros secundários» e que correspondem, em geral, às cidades e vilas.
O programa prevê ainda a utilização de transportes frigoríficos e isotérmicos e de peixarias itinerantes automóveis para melhorar as actuais condições de distribuição ambulante do pescado, tanto no que se refere a preces como, muito especialmente, às condições hígio-sanitárias.
Quanto ao consumo interno, deverá ainda atender-se ao projectado desenvolvimento da indústria conserveira.
A exportação de pescado fresco ou congelado proveniente das pescas costeiras só é de encarar na medida em que o desenvolvimento destas não afecte sensivelmente a conservação dos recursos, e desde que as quantidades a exportar possam ser substituídos pelas produções das pescas longínquas