1.3 - Valor acrescentado

Com base nos elementos de custo referidos, é elaborar o quadro que a seguir se apresenta

Valor acrescentado (1964)

(ver tabela na imagem)

Extrapolando para os sectores omissos, verifica-se que o valor .acrescentado da indústria química em 1964 representou aproximadamente 7,2 por cento do valor acrescentado da indústria transformadora (a preços correntes), e o valor acrescentado pela indústria dos derivados do petróleo e do carvão, cerca de 1,2 por cento do mesmo valor, num total de 8,4 por cento para o sector das químicas e derivados do petróleo e do carvão

1.4 - Matérias-primas e energia

O valor das matérias-primas consumidas na indústria química em 1964 (quadro V) atingiu cerca de 2700 milhares de contos, representando os fornecimentos metropolitanos cerca de 61 por cento, dos quais mais de metade foi imputada aos sectores da própria indústria química

No quadro que se apresenta discrimina-se por actividades de origem o valor das matérias-primas consumidas em 1964

Origem e valor das matérias-primas consumidas (1984)

Valores em milhares de contos

(ver tabela na imagem)

O quadro acima representa apenas uma aproximação dos valores input para a constituição de uma matriz das indústrias químicas, está longe de ser exaustivo.

Além dos fornecimentos feitos pela própria indústria química do País, verifica-se uma predominância de matérias-primas importadas, sobressaindo entre estas os produtos orgânicos de síntese À participação interna de matérias-primas (abstraindo dos fornecimentos da própria indústria química) é dominada por uma proveniência agrícola, principalmente gema de pinheiro, oleaginosos, figos e melaços, o que reflecte predomínio de indústrias tradicionais

De entre as matérias-primas importadas em 1964, 22,1 por cento provieram do ultramar português

A energia total consumida nas indústrias em causa ascendeu em 1964 a 288 milhares de contos, sendo 63 por cento respeitantes a energia eléctrica e 37 por cento a combustíveis As indústrias químicas absorveram 255 milhares de contos, com uma participação mais elevada de elec tricidade (70 por cento), e a indústria dos derivados do petróleo e do carvão, 81 milhares de contos, com incidência mais forte (87 por cento) dos combustíveis líquidos.

1.5 Mão-de-obra e produtividade

Estrutura do emprego (1964)

(ver tabela na imagem)

Nota -Na indústria dos derivados do sódio e do cloro apenas foi possível obter o total de pessoal empregado, não se encontrando o mesmo discriminado por categorias, deste modo, a agregação feita no presente quadro só inclui a referida indústria na coluna do total

Em 1964 o volume de pessoal ocupado pela indústria química e pela dos derivados do petróleo bruto e do carvão era, respectivamente, de cerca de 22 000 e 1200 pessoas. Existem certamente omissões e diferenças de critério relativamente ao pessoal não afecto directamente à actividade fabril, mas pode aceitar-se como válida a ordem de grandeza dos totais obtidos (vide quadro V)

Relativamente à qualificação e estrutura etária, sabe-se que 50 por cento do pessoal possuem apenas a instrução primária, e igual percentagem deverá ter menos de 40 anos de idade

A contribuição da mão-de-obra (incluindo encargos sociais) para o produto da indústria química ultrapassou em 1964 os 690 000 contos, o que corresponde a mais de 12 por cento do valor da produção No mesmo ano, os valores recolhidos para a indústria dos derivados do petróleo e do carvão rondaram os 50000 contos, representando cerca de 4 por cento do valor da produção. De acordo com as informações apuradas, verifica-se que a produtividade média das indústrias químicas em 1964 foi de cerca de 272 contos por empregado. À indústria de refinação de petróleos apresenta uma produtividade superior 1475 contos por empregado. Em termos de valor acrescentado, ter-se-á para a indústria química cerca de 95,4 contos por empregado e para a dos derivados do petróleo 281,2 contos por empregado

1.6 - Investigação

A actividade da investigação na indústria química portuguesa é pouco relevante Não existe uma tradição, nem nas escolas, nem na indústria, orientada no sentido da