Estimativa do valor bruto da produção

Na realidade, se para a construção de equipamento a variação média anual não apresenta diferenças sensíveis de um período para outro (10,4 e 11,5, respectivamente;, o mesmo não se pode afirmar para o subsector de fabricação de produtos metálicos, onde o ritmo de crescimento, que se cifrava em 6,9 no período de 1959-1962, se elevou para 16,4 entre 1962-1964

Para o conjunto do sector, tem-se, pois, uma taxa de crescimento anual de 8,6 por cento entre 1959 e 1962, e uma outra de 13,9 por cento de 1962 a 1964.

Apesar de se terem verificado alguns progressos na estruturação e organização do sector, nomeadamente ao nível das empresas mais importantes, admite-se, contudo, que aquelas taxas tenham diminuído consideràvelmente no período posterior a 1964.

Continuando a observar separadamente os dois subsectores, apresenta-se em seguida a estrutura dos custos de produção, em percentagem do valor bruto desta.

A principal conclusão a extrair deste quadro é que a relação valor acrescentado-valor bruto de produção, no subsector da construção de equipamento (52,8 por cento), é superior a da fabricação dos produtos metálicos (48,2 por cento) Admitindo como válidas as estimativas do valor de produção, obter-se-á para valor acrescentado do sector 884 200 contos em 1964, repartido em 891 800 contos para a fabricação de produtos metálicos e 442 400 contos para a construção de equipamento.

1.3-Mão-de-obra, produtividade e remunerações

Avalia-se em cerca de 23 200 o número de pessoas ao serviço no sector, em 1964, com a seguinte repartição por classes

Mão-de-obra por categorias

Verifica-se, assim, que o quociente pessoal não operário-pessoal operário é, no subsector de produtos metálicos (0,16), menos de metade do que na construção de equipamento (0,38).

Por outro lado, calcula-se em 36 contos o valor acrescentado por pessoa ocupada no sector (32 contos nos produtos metálicos e 41 na construção de equipamento)

Observando a evolução dos efectivos do sector, encontram-se os seguintes índices

Evolução dos efectivos no período 1959-1964

A grande maioria das indústrias encontra sérias dificuldades no recrutamento de mão-de-obra qualificada, quer por deficiente formação desta, quer por a emigração desfalcar o mercado de trabalho nacional

As empresas têm tentado solucionar este problema mediante formação interna e aumento de salários Contudo, os encargos assim assumidos não são compensados por correspondente aumento da produtividade, o que conduz a uma incidência proporcionalmente mais forte do factor trabalho nos custos de produção, quando comparada com a dos outros factores

As remunerações ao pessoal do sector atingiram em 1964 a ordem dos 460 000 contos Sabe-se que os ordenados têm subido a ritmo relativamente lento, enquanto os salários beneficiaram de aumentos que, em algumas indústrias, se traduziram por taxas anuais entre 10 e 20 por cento.