1.2. Finalidade dos investimentos

Pretende-se produzir concentrados de urânio a partir dos minérios nacionais, com a principal finalidade de abastecer as futuras centrais nucleares do País.

1.3. Produtos a fabricar

Concentrados ricos de urânio (com cerca de 80 por cento de U3 O2).

1.4. Localização

Urgeiriça, Canas de Senhorim.

2.1. Capacidade

Cerca de 120 t de minério por dia.

2.2. Valor da produção

Admite-se que a produção de concentrados ricos de urânio durante a vigência do III Plano seja equivalente a cerca de 300t U, que, na base de cerca de 500$/kg U, representa um valor de 150 000 contos

As matérias-primas principais utilizadas durante o III Plano e os respectivos valores em milhares de escudos indicam-se a seguir

Petróleo, álcool e amina.. 1 500

83 000

4.1 Volume do emprego a atingir em cada um dos anos do III Plano

A exploração da instalação de tratamento químico envolve uma equipa de cerca de 130 indivíduos, que trabalhará durante a vigência do III Plano.

4.2. Emprego por categorias profissionais.

A composição da equipa referida indica-se a seguir

Categorias profissionais

administrativo, de escritório e outros

3. Contramestres, mestres, encarregados e Investimento

Da ordem de 86 000 contos por parte da Junta de Energia Nuclear, havendo a acrescentar a verba correspondente ao sector privado, a determinar oportunamente. Financiamento.

Orçamento Geral do Estado, pela Junta de Energia Nuclear.

7 Reflexos sobre outras actividades

Do ponto de vista social, é de assinalar que os salários pagos na região durante o III Plano, da ordem de 20 000 contos, terão reflexos sensíveis na economia local

Circuitos de distribuição

§ 1.ª Evolução recente e problemas actuais No período de 1958-1964, a taxa de crescimento do valor acrescentado bruto do sector comercial foi da ordem dos 5 por cento ao ano, ligeiramente superior ao ritmo de acréscimo do produto interno bruto total, em média 4,8 por cento. No ano de 1965, a participação do comércio na formação do produto interno bruto foi de 12,1 por cento, percentagem semelhante as verificadas naquele período, cujos valores oscilaram entre 12,1 e 12,5 por cento.

Para o futuro, prevê-se lenta diminuição da importância do sector comercial no produto interno bruto, com base na hipótese de o valor acrescentado do sector progredir a ritmo sensivelmente, inferior ao do produto interno. Admite-se que em 1978 a participação do comércio se cifre em 11,6 por cento.

O significado que poderá ser extraído de tais elementos necessita, porém, de ser prudentemente interpretado. Em primeiro lugar, parte considerável das operações de distribuição é levada a cabo por entidades privadas dos sectores agrícola e industrial, pelo que os números apresentados não traduzem completamente a incidência do fenómeno em estudo. Por outro lado, o que fundamentalmente interessa na produção de um serviço é a obtenção de qualidade adequada as necessidades da utilização, em condições de custo quanto possível baixas.

Sendo assim, não será viável relacionar simplesmente o fenómeno do aumento dos custos da distribuição, eventualmente devido a reajustamentos das margens de lucro dos intermediários, com o da melhoria da qualidade dos serviços prestados, pois esta só poderá definir-se pela análise dos circuitos de distribuição correspondentes às grandes categorias da produção nacional e nacionalizada. As perspectivas futuras de desenvolvimento dos circuitos de distribuição internos parece estarem condicionadas por dois factores de incidência diferente. De um lado, o processo de desenvolvimento da economia nacional tenderá a promover a integração no sistema de mercado das comunidades da metrópole que ainda vivem parcialmente em regime de auto-subsistência, e daí poderá derevar animação considerável das trocas internos. De outro lado, o resultado da análise dos diferentes circuitos de distribuição irá certamente revelar a urgência de proceder a reconversões de base, que pode-