sula de Setúbal, continuando por Montemor-o-Novo até Évora, e seis concelhos no Algarve, além de Faro. E nada mais.

Confirma-se, assim, por estes indicadores, que as indústrias transformadoras do continente se concentram principalmente em dois grupos de concelhos centrados em Lisboa e Porto, junto a Aveiro e Coimbra, e, ainda, de Leiria a Abrantes, no Centro predominantemente litoral. Em todo o interior e no Sul litoral, surge a Covilhã como uma realidade e fica a dúvida sobre Portimão.

Através das estimativas provisórias do produto interno secundário por distritos, verificam-se ritmos desiguais de descimento deste sector em cada distrito, ao longo do período de 1953-1964 (v quadro m). Apenas os distritos de Aveiro, Lisboa e Setúbal têm peso crescente na produção total do secundai 10 (e taxas médias claramente superiores à taxa do conjunto 7,7 por cento). Quatro distritos (Braga, Leiria, Santarém e Faro) conservam aproximadamente a sua posição relativa. Todos os outros, incluindo o Porto, atrasam-se relativamente ao conjunto, por terem crescido com taxas inferiores à média. Quer dizer, os distritos de menor peso da actividade secundária e de menor capitação do produto por activo não revelaram, no passado recente, capacidade para ultrapassar o estado de relativo atraso em que se encontram.

Estimativa do produto bruto do sector secundário por distritos

Limitando, por fim, a observação às indústrias transformadoras, os únicos distritos com participação crescente, do 1053 a 1964, foram os de Aveiro e Lisboa (de 8 para 11 por cento e de 30 para 33 por cento, respectivamente), mantendo Setúbal a sua posição no conjunto, enquanto diminuiu a participação dos distritos do Porto (de 21,5 para 20 por cento) e de Braga.

Referindo, em especial, as posições ocupadas por cada distrito nos ramos de actividade industrial em que têm importância nacional, verifica-se que o distrito do Porto, e mesmo o de Setúbal, perderam posição em quase todos os ramos. O progresso registado no caso do Porto situa-se apenas em actividades não motoras do desenvolvimento industrial (alimentação e bebidas, madeira e mobiliário). No caso de Setúbal, todavia, salientou-se a produção siderúrgica, que favoreceu a posição assumida pelo grupo da metalurgia e produtos metálicos, naquele distrito em 1964.

Ao contrario dos anteriores, Aveiro e, principalmente, Lisboa conquistaram posições mais destacadas em diversos ramos, incluindo os de maior influência motriz sobre o desenvolvimento.

Considerando, agora, tanto o grau de industrialização já atingido por cada distrito, como a dinâmica do seu crescimento, conclui-se que apenas três distritos apresentam taxas de descimento da produção e níveis de produtividade por activo superiores à média do continente (8,4 por cento e 23 contos) Aveiro (11 por cento e 25,3 contos), Setúbal (10,1 por cento e 24,7 contos) e Lisboa (9,4 por