atracção das populações migrantes, mas apenas aqueles que juntam ao maior peso da sua estrutura industrial uma estrutura urbana evoluída e em relação com a sua densidade populacional, ou que se encontram localizados na periferia das grandes cidades.

Com efeito (v quadro v), é nos distritos de Lisboa e do Porto que os indicadores de nível de vida atingem, no seu conjunto, valores mais expressivos, seguindo-se depois os distritos de Setúbal e Aveiro, em grande parte directamente influenciados pelas duas grandes zonas urbanas do continente.

A análise por concelhos das condições mínimas de habitabilidade dos agregados familiares (v mapa m) confirma, aliás, ser nos concelhos integrados nas zonas "urbanas de Lisboa e do Porto, e nalguns concelhos localizados em zonas industriais e urbanas mais evoluídas (principalmente Aveiro, Coimbra e Setúbal), que se encontram as maiores percentagens de agregados familiares beneficiando daquelas condições Para além destes, salientam-se apenas algumas zonas turísticas.

Nota-se também que a análise da evolução dos indicadores apresentados, entre 1950-1964, mostra que as tendências apresentadas acentuam as desigualdades entre distritos, contribuindo assim paia o agravamento dos desequilíbrios regionais de nível de vida.

É nítida, portanto, a correlação dos movimentos migratórios com o nível de vida das zonas urbano-industriais, salientando-se que, mesmo dentro do litoral industrializado, existem fortes assimetrias de nível de vida, com reflexos directos na intensidade da atracção exercida sobre as populações do interior

Indicadores do nível de vida

Conclui-se que os desequilíbrios regionais, no que respeita as condições de vida da população, são do mesmo sentido e acentuam até as desigualdades ti aduzidas pelos níveis económicos da produção Além disso, a evolução da situação processa-se em termos de um agravamento das diferenciações existentes, progredindo alguns distritos muito mais rapidamente do que outros nos diversos aspectos

Deste modo, verifica-se que os movimentos migratórios internos são fortemente polarizados pelos centros mais dinâmicos e que melhores condições oferecem para satisfazer as aspirações de um nível de vida crescente, pondo em risco não só o equilíbrio demográfico de algumas zonas (em conjunto com a emigração), mas também criando alguns estrangulamentos e dificuldades adicionais para o ordenamento dos actuais pólos de atracção. A própria actividade agrícola é influenciada pela localização das áreas urbano-industriais mais evoluídas Com efeito analisando a percentagem da população activa com profissão na agricultura, silvicultura e caça (V mapa IV), reconhece-se imediatamente sei apenas