Embora se reconheça que os limites distritais não satisfazem às exigências de delimitação de regiões económicas, aceitam-se como ponto de partida, enquanto se procede aos, estudos complementares para a definição de limites mais de acordo com os objectivos que se pretendem atingir e que melhor satisfaçam os próprios interessados.

Considerando determinadas situações mais evidentes, os estudos mencionados deverão incidir principalmente sobre os concelhos localizados a norte do distrito de Aveiro (provavelmente polarizados pelo Porto) e os abrangidos pela baça hidrográfica do Douro (norte dos distritos de Viseu e Guarda), sobre os situados a sul do distrito de Lema, que parecem sofrer os efeitos directos da atracção de Lisboa, sobre a metade sul do distrito de Castelo Branco, de características alentejanas, e ainda sobre os concelhos alentejanos do distrito de Setúbal e os que separam o Algarve do Alentejo.

A região do Norte abrange os distritos do Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança e terá a sua captai na cidade do Porto. A região do Gentio inclui os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda e Castelo Branco e a sua capital será a cidade de Coimbra A região de Lisboa abrange os distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém, sendo a sua capital na cidade de Lisboa. A região do Sul abrange os restantes distritos - Portalegre, Évora, Beja e Faro-, funcionando como capital a cidade de Évora.

Consideram-se ainda as ilhas adjacentes, onde se criam duas regiões-plano, a região dos Açores e a região da Madeira, abrangendo cada uma o respectivo arquipélago e ficando a definição dos seus objectivos e políticas para capitulo próprio.

No continente, dentro de cada região, considerando aspectos específicos de intervenção distinguem-se sub-regiões e pequenas zonas de acção, sempre com o objectivo de conseguiu uma melhor integração destas na economia regional.

Desde já se definem, dentro de cada região, as respectivas coordenação a nível regional, parece possível designar desde já a respectiva capital. Entre as hipóteses encaradas, afigura-se ser a cidade de Faro, sede administrativa do distrito, aquela que melhores condições apresenta para esse efeito, designadamente quanto a infra-estruturais urbanas, sem prejuízo de ulteriores modificações, caso venham a ser consideradas oportunas.

Caracterização das regiões e linhas gerais de planeamento Não é possível, nesta fase, definir para cada região um plano de desenvolvimento. Por um lado, faltam os estudos sobre os recursos naturais, as potencialidade?, as aspirações locais, por outro, dentro da orientação que se traçou, é essencial a colaboração das instituições regionais logo na primeira fase de preparação dos seus planos.

Apontam-se, no entanto, além das principais características e potencialidades, as linhas gerais da estratégia de desenvolvimento de cada legião, procurando enquadrar assim os planos regionais que venham a ser elaborados e salientar desde já empreendimentos de carácter prioritário, cujos estudos se poderão iniciar imediatamente, contribuindo para o mais rápido lançamento de acções de valorização regional.

Continente

Caracterização Já ficou definido que esta região compreende, em princípio, os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila- Real e Bragança. A delimitação da região aparece, assim, estreitamente ligada aos actuais limites administrativos. Todavia, a necessidade de vir a abranger na mesma região o todo geográfico constituído pela bacia do Douro e a intensidade de relações económicas que uma parte do distrito de Aveiro mantém com a zona do Porto apontam para a conveniência de um ajustamento futuro dos limites regionais. No entanto, a inclusão de alguns concelhos dos distritos situados a sul do rio Douro na região do Norte só deverá fazer-se sem prejuízo do equilíbrio da região do Centro.

Da mesma maneira que são diferenciadas as duas sub-regiões, litoral e interior, também as medidas de política económica e social devei ao assumir aspectos e intensidades distintas. Com efeito, as duas sub-regiões não só têm peso muito desigual em termos demográficos e económicos (a sub-região anterior possui 21 por cento da população da região e contribui para a produção total com 13 por cento), como tende a agravar-se o desequilíbrio entre as suas posições relativas.

A sub-região litoral, embora inclua a cidade do Porto como segundo pólo urbano do Pais, não se destaca dos valores médios do continente em termos de desenvolvimento, nem se afasta do nível atingido pela litoral da região do Centro. A sub-região interior, por sua vez, aparece como a mais pobre de todo o continente.

A percentagem de activos agrícolas - a mais elevada do País - e uma produção baseada predominantemente na agricultura são os traços característicos da estrutura desta sub-região, que sofre re pulsão populacional muito forte.

Na sub-região litoral não há homogeneidade de condições, porquanto o distrito de Viana do Castelo prolonga a zona deprimida do interior. Apenas os distritos de Braga e Porto, com grandes densidades populacionais, possuem maior dinamismo e até capacidade de atracção populacional (nalguns concelhos limítrofes da cidade do