Estudo das linhas orientadoras de reorganização e diversificação da indústria têxtil da Covilhã,
Melhoramento das comunicações Guarda-Covilhã com Coimbra,
Aplicação do Plano Director da Região de Lisboa,
Estudo e avaliação dos efeitos regionais do aproveitamento do rio Tejo,
Estudo da melhor localização para uma área industrial na zona de Torres Novas-Tomar-Abrantes,
Estudo e avaliação dos efeitos regionais das obras de irrigação do Alentejo,
Conclusão do plano turístico do Algarve e avaliação dos seus efeitos sobre a região,
Estudo das linhas orientadoras da reorganização e diversificação das indústrias de cortiça e conservas de peixe do Algarve
Com efeito, qualquer destas regiões não atinge a dimensão demográfica mínima usualmente aceite como padrão, mas o seu isolamento e a peculiaridade dos seus caracteres humanos e da estrutura económica impõem a sua definição como regiões-plano autónomas
A escolha de uma capital regional não oferece dúvidas no caso da região da Madeira A posição de relevo da cidade do Funchal indica-a imediatamente para o desempenho daquela função
Na região dos Açores o problema é mais complexo, pois a sua rede urbana é constituída por pequenos centros e nenhum atinge dimensão que a priori o indique para assumir tal posição
O seu maior centro populacional e o de maior dinamismo nas actividades económicas á a cidade de Ponta Delgada, que, no entanto, se localiza na periferia do arquipélago, pelo que a sua escolha para capital regional levanta dificuldades evidentes
Angra do Heroísmo apresenta-se geograficamente como a cidade mais bem localizada, visto ocupar situação central em relação ao conjunto do arquipélago No entanto, embora seja a segunda cidade da região, o volume da sua população e o dinamismo das suas actividades económicas colocam-na em posição menos favorável do que Ponta Delgada
Quer a escolha recaia sobre um quer sobre o outro daqueles centros para o desempenho das funções de capital regional, não oferece dúvidas a necessidade de se criaram duas sub-regiões, uma constituída pelo distrito de Ponta Delgada, de economia relativamente mais evoluída e dinâmica, e outra formada pelos distritos de Angra do Heroísmo e Horta
Como já se referiu, em todas elas se registam elevadas densidades demográficas, agravadas pela manutenção de altos saldos fisiológicos, o que tem originado a formação de grandes correntes migratórias para o exterior
A actividade agrícola, que constitui a base da sua economia, apresenta defeitos estruturais resultantes da elevada pressão demográfica sobre a terra e de processos produtivos pouco evoluídos, verificando-se baixas produtividades médias e fraca rentabilidade das explorações.
O sector secundário, composto principalmente por indústrias complementares da agricultura e da pesca, de pequena dimensão, mostra-se pouco dinâmico e sem grandes potencialidades de expansão futura
No conjunto, o secundário e o terciário apresentam-se incapazes de fixar as populações que abandonam a agricultura, apesar da atracção exercida pelas ilhas onde se localizam os aeroportos da região Também o turismo não tem grandes possibilidades de evolução, devido à irregularidade climática que caracteriza o arquipélago.
A repartição distrital do valor bruto da produção industrial põe em relevo determinadas desigualdades internas, verificando-se que Ponta Delgada contribui com mais de 75 por cento daquele valor
A rede urbana é deficiente, pois existem apenas três centros de pequena dimensão, insuficientemente equipados, salientando-se que a cidade de Ponta Delgada, apesar de ser a maior da região e aquela onde se concentra grande parte do seu potencial industrial, não consegue fixar os saldos fisiológicos da ilha de S. Miguel, onde se localiza.
A consideração das principais características geo-económicas da região permitem salientar aspectos negativos e positivos a ter em conta na elaboração da sua estratégia de desenvolvimento
Assim, como condicionantes negativos, indicam-se
A dispersão do território, que cria complexos problemas de transportes e dificulta o acesso das populações a um mínimo de equipamento sócio-económico,
A estrutura agrária, que não favorece a exploração da terra em boas condições de rentabilidade,
A ausência de indústrias dinâmicas capazes de exercer uma função motora na expansão do sector,
A deficiente rede urbana, que, conjugada com a debilidade do sector secundário, não permite fácil concretização de pólos de crescimento;
A irregularidade do clima, que dificulta a exploração turística das condições naturais da região para aquela actividade
Por outro lado, devem considerar-se determinadas potencialidades francamente positivas
As boas condições agrícolas e pecuárias do território,
A riqueza piscícola das águas que o rodeiam,
A abundância de mão-de-obra, embora não qualificada,
A sua localização geográfica num cruzamento de vias de comunicação intercontinentais
Trata-se, portanto, de uma região cujos recursos naturais e humanos ainda não se encontram eficazmente aproveitados, mas para a qual não é tarefa fácil seleccionar uma actividade motora sobre que se baseie o seu rápido desenvolvimento económico-social