cada aventura. Para o efeito foi considerada a conclusão das obras do porto de Vale de Cavaleiros já iniciadas, incluindo os edifícios e equipamentos afins. Sendo o sal um dos produtos que mais pesam nas exportações cabo-verdianas, é justo considerar obras acostáveis mais próximas da sua exploração. Não faz sentido, com efeito, que a exploração se efectue num extremo da ilha e a exportação no outro, quando tão próxima daquela existem condições favoráveis para um cais acostável.

Tratando-se de um produto pobre em valor unitário, são de todo o interesse as reduções dos custos resultantes de permanência no porto e dos evitáveis transportes.

Independentemente das razões analisadas, a prevista zona da Murdena para o lançamento de um cais acostável na ilha do Sal oferece as garantias de um local abrigado, com bons fundos para manobras. Há também que executar obras portuárias na cidade da Praia, cujo projecto está ainda dependente de definição do que se pretende em matéria de novos empreendimentos piscatórios com base na ilha de Santiago. Transportes aéreos e navegação É essencial a conclusão dos trabalhos já previstos no Plano Intercalar, mas que, por motivos de vária ordem, não puderam ser levados a cabo, dizendo respeito à ultimação das pistas de aterragem nas diversas ilhas, à aquisição de material de voo, material de telecomunicações, fornecimento de energia, sinalização, esgotos, e bem assim ao material de combate a incêndios. Além disso, as pistas da cidade da Praia e de S Vicente, pela importância turística que apresentam, merecem arranjo especial, de modo a serem utilizadas por aviões vindos do exterior. Constitui ainda objectivo visado a ampliação da capacidade de transporte dos serviços aéreos da província. Investimentos Na elaboração do programa dos investimentos rodoviários de certo montante, mercê da descontinuidade geográfica do arquipélago (o que dispensa qualquer outra justificação), atendeu-se à capacidade de execução, condicionada pelas disponibilidades de mão-de-obra da província em período normal.

Na selecção das estradas incluídas no III Plano de Fomento deu-se prioridade às que mais possam contribuir para o desenvolvimento económico da província: Por permitirem o escoamento de zonas agrícolas de regadio, aptas para a cultura de produtos de exportação,

b) Por servirem zonas susceptíveis de aproveitamento turístico.

A ilha mais beneficiada é a de Santo Antão, por ser aquela em que é mais acentuada a carência de vias de comunicação. Vales como os da Ribeira da Cruz, Altomira, Figueiras e Graça não têm qualquer saída, por mar ou por terra, para os seus produtos.

Seguem em valor global de empreendimentos a de Santiago, maior, mas já mais bem servida por vias rodoviárias, e a do Fogo, onde a zona mais produtiva (Norte) não é acessível a veículos automóveis. O programa estabelecido foi devidamente condicionado pela programação do Plano Intercalar de Fomento.

Para o Porto Grande de S. Vicente distribuíram-se os investimentos pelos diferentes serviços essenciais a uma adequada exploração. Para o Porto Novo de Santo Antão inclui-se, no equipamento portuário, a aquisição de um guindaste auto móvel para 6 t, compreende-se ainda a construção de edifícios portuários. Para o porto de Vale de Cavaleiros, na ilha do Fogo, programaram-se obras acostáveis (2.º fase) e edifícios e equipamento portuários. Quanto ao porto da Praia, na ilha de Santiago, torna-se imperioso que as obras acostáveis a levar a efeito no III Plano de Fomento não deixem de assegurar adequada serventia a unidades mercantis da ordem das 10 000 t brutas, o que determina a necessidade de se dispor de cais situados em fundos úteis de (-10 m). Para a concretização de tais objectivos está afecta ao Plano Intercalar de Fomento a execução do respectivo projecto.

O inventário das necessidades deste porto inclui, além de obras acostáveis e de edifícios, no equipamento portuário, a aquisição de um rebocador de 600 C V e de uma lancha de 50 C V para passagem de cabos à terra