Habitação e melhoramento locais Objectivos e Investimentos Habitação Segundo estudo levado a efeito pelo Trabalho, Previdência e Acção Social, são as necessidades de moradias económicas nos diversos concelhos da província:

estimando-se o custo provável em cerca de 110 000 contos.

Prevê-se, nas condições actuais de trabalho, a possibilidade da construção de 150 fogos por ano, sendo 40 na Praia, 40 em S. Vicente e os restantes 70 distribuídos pelos outros concelhos.

As necessidades de moradias para funcionários, excluindo a Praia e S. Vicente, por concelhos, são as que constam do seguinte mapa:

Considera-se possível realizar este programa no período de 1968-1973. Melhoramentos locais Tendo-se realizado na ilha de Santo Antão abastecimentos de água, sobretudo na zona norte, neste Plano prosseguirão os abastecimentos no Sudoeste e Noroeste, praticamente iniciados com a obra da Coxa, em conclusão na vigência do Plano Intercalar.

Assim, incluem-se os aglomerados de Monte Trigo, Pascoal Alves, Chã de Carneiro, Água Amargosa, Ribeira da Cruz, Ribeira Fria, Ribeira Larga e Morro de Vento.

É de salientar a construção de uma cisterna em Pascoal Alves, já que as pesquisas de nascentes feitas em 1960 se revelaram pouco frutíferas, e a reconstrução da captação de Água Amargosa, destruída pelas cheias, a qual serve os aglomerados de Água das Patas, Aldeia e Agua Amargosa, com cerca de 1000 habitantes no total.

No concelho do Paul consideram-se os abastecimentos de Campo de Cão e Figueiral, Ribeira das Pombas, Fajã da Janela, densamente habitada, e Pontinha da Janela. Nos diversos abastecimentos a realizar na ilha de S. Nicolau, considera-se em primeiro lugar o abastecimento de água domiciliário da vila da Ribeira Brava, das mais importantes da província e sede de concelho. A construção da rede está dependente da existência de água em quantidade suficiente.

Prevê-se o abastecimento da povoação do Tarrafal, segundo centro populacional da ilha, já com mais de 800 habitantes, por adução gravítica ou bombagem de captações por poços.

Dependente de aproveitamento das águas do Torno, de esplêndida qualidade, e dos maiores caudais da ilha, e sua adução para fins hidroagrícolas, encara-se o abastecimento das povoações ao longo do percurso do Espigão até ao Calejão.

Os lugares de Fontainhas, Palhal, Hortelã e Cabeçalinho, com cerca de quatro centenas de habitantes cada um, dispõem de nascentes utilizadas para rega, sendo, no entanto, necessário melhorar as condições higiénicas, canalizando, independentemente, água para abastecimen to, construindo reservatórios próprios e fontanários. Os aglomerados da Julunga, no Leste, Pomba e Mofina também são incluídos neste Plano.

Inclui-se igualmente o melhoramento do abastecimento da estância de Brás e regiões vizinhas, em íntima ligação com a elevação da água dos Anjos para fins hidroagrícolas, possivelmente por aeromotores. Vila de Santa Maria, na ilha do Sal, sede do concelho, com 600 a 700 habitantes, dispõe de um abastecimento por fontanário, sendo a água proveniente de poços de captação no Algodoeiro. Por falta de recarga dos lençóis, as águas tornam-se cada vez mais salobras, pelo que a administração do concelho vem pondo o problema de outros meios de obtenção de água doce, designadamente por dessalinização, já que as pesquisas localmente realizadas têm conduzido a água de maior teor salino.

Considera-se, pelo exposto, justificada a necessidade de instalar um dessalinizador, que, com a produção diária de 10 m3 a 15 m3, resolveria o problema. Prevêem-se abastecimentos de água nas regiões de nordeste da ilha de Santiago ainda não beneficiadas (Salto Acima, Pilão Cão e S. Miguel), construção de cisternas de captação de águas pluviais na zona central (serra da Malagueta e zona alta da Figueira das Naus) e o abastecimento do Porto do Rincão, no concelho de Santa Catarina, ainda neste concelho consideram-se obras de defesa da povoação da Ribeira da Barca, constantemente ameaçada pelas cheias. Os empreendimentos considerados na ilha do Fogo são o aproveitamento das águas de Nossa Senhora do Socorro, a extensão do abastecimento de água de Praia Ladrão para o norte e a construção de algumas cisternas nas regiões altas.

A nascente de Nossa Senhora do Socorro, grande manancial que aflora à beira-mar, deverá ser captada e elevadas os suas águas até à zona do Patim, cerca da cota 550, o que permitirá abastecer os aglomerados do Sul, de Patim a Cova Figueira, numa extensão linear de 18 km.

A execução dos trabalhos que acabam de ser referidos permitirá aliviar o sistema de Praia Ladrão de aproximadamente três milhares de consumidores potenciais, tornando possível prolongar para o norte, de S. Pedro até Afira, a rede projectada no ano que decorre.