Forços a prosseguir, não apenas através do efeito de demonstração e do apoio decidido às novas iniciativas e aos novos empresários, mas também por uma intensa actividade de informação e educação

Daí o significado económico de toda a acção a desenvolver no campo da promoção social através da educação, da melhoria das condições de vida, da assistência sanitária, do combate às grandes endemias e da subida e enriquecimento do nível alimentar das populações não alienígenas, acção esta cujo impulso essencial se encontra no propósito de valorização humana que constitui constante da acção portuguesa no mundo. Como apoio a todo este complexo de acções, haverá que prosseguir e ampliar a obra realizada em matéria de infra-estruturas, nomeadamente no que diz respeito ao completamento da rede rodoviária e de comunicações, a melhoria dos portos disponíveis e a aceleração dos investimentos de natureza social, cuja disponibilidade representa normalmente para as populações guineenses sinal mais evidente da utilidade do planeamento sócio-económico e impulso mais decisivo para uma maior comparticipação na obra a realizar. No caso particular da Guiné, os objectivos gerais devem ser explicitados atendendo à necessidade de: Assegurar um ritmo de acréscimo do produto provincial mais acelerado do que na metrópole, de modo a tentar diminuir o desnível verificado;

b) Procurar reduzir as disparidades de padrões de vida e níveis de rendimento dos estratos sócio--económicos em que se reparte a estrutura social da população, nomeadamente através de três grandes ordens de esforços

Promoção social da população do sector tradicional, em particular dos pontos de vista cultural, sanitário e alimentar;

Fomento de actividades que promovam a integração do autóctone nos circuitos de economia de mercado;

Dar muito vincada ênfase às medidas e incentivos que concorram para a expansão do sector empresarial.

Neste contexto, importa, porém, notar ter sido considerado urgente que através do III Plano se realizasse um equilíbrio entre classes de investimentos programados, por forma a que não fossem prejudicados os seus objectivos, nem um grau suficiente de produtividade dos empreendimentos, nem a estabilidade financeira provincial. Houve que ponderar a selecção dos novos investimentos, com a preocupação dominante de evitar desperdícios e resolver de maneira satisfatória a opção ao nível das prioridades, entre investimentos de menor período de maturação e mais directa reprodutividade e investimentos de repercussões menos visíveis e mais diferidas (investigação, experimentação, estudos básicos incidentes sobre os vários sectores e infra-estruturas económicas e sociais). Em virtude da presente conjuntura e da dificuldade em se aproveitarem as tendências do passado e as perspectivas do presente para extrapolar as projecções de desenvolvimento futuro, afigurou-se pouco operante a aplicação da metodologia correntemente seguida na construção de modelos de crescimento.

O grau de relevância da economia monetária e a fraca densidade da estrutura e cobertura empresarial não permitem a formulação em termos válidos de modelo formal de desenvolvimento. Convém ainda referir que, para absorver o acréscimo demográfico no período do III Plano, sem entrar em linha de conta com uma eventual política de transferência de população activa subempregada no sector primário, haverá que criar os seguintes novos empregos nos sectores secundário e terciário.

A política económica em geral, e a agrícola em particular, deverão, pois, contar com um aumento substancial da população na agricultura e visar uma utilização mais intensiva da população activa rural subempregada e em expansão, em ordem à melhoria das produtividades da terra e do trabalho.

Financiamento do programa provincial de investimentos Administração Central O recurso a esta fonte de financiamento assegurou nos anteriores planos de fomento a cobertura quase total dos investimentos nela inscritos.

Com efeito, aquela ajuda só não cobriu integralmente, como se pode ver no quadro seguinte, os investimentos no II Plano, em que abrangeu apenas 64,4 por cento do total.

(b) Dotação ajustada.