A cultura do cajueiro tem tomado, nos últimos anos, um grande desenvolvimento, dando lugar à exportação da castanha de caju para Moçambique, onde é industrializada, enquanto não se justifica a montagem de uma unidade fabril na província.
A borracha na Guiné é principalmente extraída de uma trepadeira, a Landolphia, cuja dispersão pelas matas da província torna pouco rendosa a recolha. Também aqui, a semelhança dos palmares naturais, dominou sempre o regime meramente colector, a produção, muito irregular, andou sempre ao sabor das flutuações das cotações internacionais e das perturbações político-económico-sociais nos grandes centros produtores. De uma maneira geral, a linha de tendência da exportação tem sido pronunciadamente decrescente.
As áreas de Bafatá e do Gabu e as extensas savanas e florestas da região de Farim parecem apresentar condições particularmente favoráveis para o desenvolvimento apícola. A criação de apiários experimentais está ainda numa fase muito embrionária - alguns foram montados recentemente no Posto Agrícola do Pessubé.
A produção pecuária
Em 1961, os efectivos pecuários da província eram os seguintes
Equina 64
Galináceos 492 865
Palmípedes 7 566
Perus 210
Face a estes números, não se mostrará paradoxal a afirmação de que o gado existente parece ser suficiente para as necessidades actuais, se bem que uma mais fácil acessibilidade aos centros consumidores e uma radicação ou generalização do hábito de comer carne por parte dos autóctones fossem susceptíveis de incrementarem sensivelmente o consumo. Mas a asserção é tanto mais verdadeira quanto é certo que a província, por ora, não apresenta condições propícias ao desenvolvimento pecuário, designadamente por falta de pastos, forragens e de assistência técnico-sanitária apropriada.
Os objectivos que devem guiar a política pecuária são os seguintes:
b) Educar o proprietário ou criador de gado em moldes realistas, segundo as modernas concepções da técnica.
Ainda dentro do sector da pecuária, falta fazer uma referência à produção de couros e peles, que o ganadeiro autóctone curte por processos rudimentares. Estes dois produtos têm um certo peso na exportação.
Promover a transformação das técnicas agrícolas tradicionais, vencendo a quase monocultura e tomando medidas para a conservação da fertilidade dos solos,
Rever o regime de comercialização dos produtos e montar um sistema de crédito que leve à criação de novas empresas agrícolas e de estruturas pré-cooperativas ou cooperativas.
Melhoria da utilização dos produtos florestais;
Protecção e regeneração do coberto arbóreo,
Expansão da plantação de árvores fornecedoras de recursos suplementares (frutos, forragens e lenhas).
Melhoramento das raças locais,
Melhoramento da exploração das mesmas,
Intensificação da assistência veterinária,
Combate às doenças enzoóticas e epizoóticas
b) Remodelação e ampliação do parque de tractores agrícolas, de modo a poder cumprir os trabalhos de desbravamento necessário à expansão dos cultivos da palmeira-do-azeite, cajueiro e mandioca, ou de novas áreas para arroz onde a disponibilidade da mão-de-obra o justifique,
d) Ampliação e manutenção do viveiro de palmeira-do-azeite (Elaeis guincensis) na ilha de Bubaque e estabelecimento de um viveiro na ilha das Galinhas,
e) Reconversão dos 1043 ha de palmar natural da reserva da ilha de Bubaque,
f) Plantação de 200 ha de palmeira-do-azeite na região do Prábis (ilha de Bissau), de acordo com o plano do centro piloto,
g) Plantação de um núcleo de 10 ha de bananeiras na ilha de Bissau para multiplicação de plantas e estudo,
h) E stabelecimento de 400 ha de mandioca nos concelhos de Bafatá e Gabu, acompanhando a expansão do cajueiro,