Evolução do produto, rendimento e despesas internas Os valores do rendimento nacional estimados para 8 Tomé e Príncipe, considerados em função da exiguidade territorial e demográfica e da dimensão económica da província, podem considerar-se altos (a preços constantes 335,3 milhares de contos em 1953, 288,7 milhares em 1962 e 303,1 milhares em 1968).

Quanto à evolução do rendimento, a preços constantes, no período de 1953 a 1962, verifica-se que o mesmo decresceu & taxa média anual de 1,7 por cento, facto que originou um abaixamento nas capitações, que só não se tornou grave por aquelas capitações se incluírem entre as mais elevadas do continente africano.

Com efeito, entrando apenas em linha de conta com o circuito monetário da economia, apuraram-se as seguintes capitações de rendimento para 1962.

O valor destas capitações elevar-se-ia de 25 a 30 por cento, caso fossem considerados os fluxos não monetários.

Na evolução do produto e na capitação exerce um efeito predominante a evolução das cotações do cacau.

11.0 quadro da distribuição percentual do rendimento da província pelas suas componentes e da taxa de variação anual média dos respectivos valores absolutos é o seguinte As duas principais componentes do rendimento provincial - remuneração de trabalho e rendimento de empresas e propriedade - decresceram, de 1958 para 1962, em benefício das receitas resultantes da aplicação dos impostos directos sobre as sociedades, que cresceram à taxa anual de 5 por cento. Também o Estado viu aumentados os seus réditos como entidade privada a uma taxa que, sendo reduzida (0,2 por cento), traduz, no entanto, conjuntamente com o aumento das receitas provenientes daqueles impostos,

o grau da contribuição do sector público para o rendimento provincial. As contas económicas fornecem para 1963 volumes que parecem querer contrariar a tendência decrescente assinalada ao rendimento De 1962 para 1963 assiste-se, de facto, a um acréscimo da ordem dos 5 por cento (a preços correntes), correspondente a 14,4 milhares de contos, resultante da subida das duas principais componentes. A despesa de consumo privado engloba as despesas de consumo das famílias e as dos organismos privados sem fins lucrativos, aquelas participando com mais de 98 por cento no total e estas com a reduzida percentagem de aproximadamente 2 por cento, em média, o que mostra a pouca importância que o sector associativo ocupa na economia da província Os consumos das famílias parecem não ter revelado a passividade observada relativamente ao rendimento, muito embora acusassem redução do valor global da procura À percentagem de 97,8 por cento que apresentava em 1958 no conjunto da despesa privada baixou para 96,8 por certo em 1962, mas logo em-1963 se elevou aos maiores valores de sempre - 98,4 por cento -, tendo assim recuperado e eliminado o ligeiro decréscimo verificado no decénio de 1953-1962, na sua importância relativa Os valores absolutos aumentaram, porém, neste mesmo período, em mais de 23 por cento, tendo o acréscimo de 1962 para 1963 sido da ordem dos 15 por cento, o que é notável Também as respectivas capitações subiram sensivelmente, o que significa melhoria no nível de vida da população. Analisando a despesa de consumo das famílias, verifica-se que ela apresenta, na sua repartição percentual, uma estrutura análoga à que é típica dos países subevoluídos de clima quente.

O quadro mostra que as despesas com os consumos alimentares representam cerca de metade das despesas totais, seguindo-se as despesas com vestuário, bebidas e rendas e consumo de água O consumo de energia é diminuto, embora apresente um ritmo de crescimento favorável, e tal facto deve residir nos elevados custos tarifários, não susceptíveis, aliás, de redução antes da entrada ao serviço do aproveitamento do Contador.

Igualmente é diminuto o consumo de bens não primários, como sejam despesas com transportes e comu(...)