meações, despesas com distracções e divertimentos e outras. Justifica-se a pequena percentagem atribuída aos cuidados médicos, por ser gratuita a assistência pública em todos os estabelecimentos hospitalares O consumo de bens sumptuários á diminuto. Uma análise mais profunda da estrutura e da evolução da despesa de consumo privado em S. Tomé e Príncipe conduziria à evidência, não só de uma melhoria no nível de vida dos seus habitantes - o consumo aumentou no decénio de 1953-1962 a uma taxa anual média de 3 por cento, taxa que de 1962 para 1963 se aproximou, porém, dos 15 por cento -, como de uma provável mais equitativa distribuição do rendimento (excluindo, é claro, a hipótese de uma redução na poupança), porquanto aquele não acompanhou o ritmo de crescimento da despesa de consumo De qualquer modo, permanece válida a conclusão de que se verificou um razoável aumento do nível de vida das populações, traduzido pela subida das capitações da despesa de consumo das famílias. A preços constantes, o produto interno bruto aos preços de mercado apresenta uma taxa de variação média anual de -1,6 por cento no decénio de 1953-1962 Para o período de 1953-1968, a preços correntes, aquela taxa apresenta-se mais favorável (0,3 por cento), não deixando embora de confirmar o decréscimo do produto interno nos últimos anos São acentuadas as variações de ano para ano, com especial relevância nos anos de 1958 a 1960, cujos valores atingem os pontos mais elevados do período em análise (respectivamente 389,1 e 365,6 milhares de contos, a preços correntes), motivados por bons anos agrícolas, demarcando o primeiro o cume ascensional do período, a partir do qual se processou uma queda sensível, que o segundo apenas retardou. No quinquénio de 1959-1963, a taxa média de variação aproxima-se da encontrada, a preços correntes, para o decénio de 1953-1962 (0,2 por cento), mostrando acentuado colapso nos anos de 1961 e 1962 e recuperação em 1963, conforme se pode observar no seguinte quadro.

Parece poder deduzir-se desde já que se exerceu um esforço de recuperação no âmbito da estrutura económica vigente no último ano do quinquénio, receando-se, porém, que em 1964-1965 o valor do produto tenha regredido de novo, pela quebra ainda mais acentuada nas cotações do cacau. Em 1968 o produto interno bruto aos preços de mercado apresentou um valor mais elevado do que no ano anterior (a preços correntes, 350,8 e 828,1 milhares de contos, respectivamente em 1962 e 1963), exibindo uma taxa de acréscimo muito próxima dos 7 por cento, para o que contribuiu especialmente o comportamento da componente Agricultura, silvicultura, caça e pesca», ou, em termos objectivos, o cacau. O quadro seguinte apresenta a participação relativa de cada um dos ramos de actividade económica na formação do produto interno bruto aos preços. Verifica-se, pela análise do quadro anterior, que a recuperação devida, em parte, à melhoria da posição da componente Agricultura, silvicultura, caça e pesca» (o comércio acerta por aquela a sua evolução) deve ter assentado numa ligeira subida observada nas cotações do produto base e nas positivas reacções em cadeia que a mesma originou.

A quebra do produto em 1964-1965 está em correspondência com a quebra da cotação do cacau, o qual representa mais de 70 por cento da exportação da província

As capitações do produto interno bruto vêm, assim, decrescendo Para um decréscimo médio anual de 1,6 por cento do produto, no período de 1953-1962 e para uma taxa média anual de crescimento da população total, durante o mesmo período, de 1,5 por cento, obtém-se uma taxa anual de variação per capita do produto de - 3,1 por cento, o que traduz um acentuado decréscimo.

Sem esquecer que aquela taxa de -1,6 por cento foi obtida a preços constantes com base em 1962, a Da análise dos dados da contabilidade económica verifica-se que, ao longo do decénio de 1958-1962, o com(...)