Lobito, Luanda e Malanje foram as cidades que mais cresceram em média, mas, em termos absolutos, nenhuma se equipara ao crescimento de Luanda.

No Sul, o crescimento foi mais lento Segundo os elementos do censo de 1960, as dezasseis cidades de Angola reuniam 428 652 habitantes, ou seja 10,6 por cento da população total da província Dos residentes em cidades, 52,4 por cento viviam em Luanda. No que respeita a projecções demográficas, importa considerar que a população da província é composta por grupos étnicos de características próprias, apresentando um dinamismo distinto no seu crescimento, o que leva a ter de se encarar a evolução de cada grupo em separado As projecções apresentadas devem apenas ser encaradas como mera hipótese de trabalho, de significado sempre limitado Conforme as hipóteses básicas adoptadas para cada um dos grupos considerados, a população de Angola atingirá em 1973 os níveis de 6 375 000 e 6 729 000 habitantes, correspondendo o nível mais alto a hipóteses plausíveis de evolução de taxas de mortalidade e natalidade da população não alienígena.

Não se afigura provável a alteração significativa da estrutura etária da população até ao termo do sexénio. Evolução do produto, rendimento e despesa interna Produto interno bruto O produto interno bruto ao custo dos factores evoluiu entre 1953 e 1963, para preços constantes de 1963, da forma que a seguir se apresenta, incluindo números-índices para cada ano, respectivamente em relação ao ano anterior e em relação ao ano inicial.

Em dez anos o produto interno bruto cresceu 88,4 por cento, à média anual não acumulativa de 8,84 por cento; de 1958 a 1963 o acrescimento foi de 16,3 por cento, a uma média anual não acumulativa de 8,28 por cento.

O ajustamento linear da série de valores disponíveis, o qual tende a desprezar as flutuações anuais, feito pelo método dos mínimos quadrados, conduziu à determinação da taxa de crescimento anual de 8,62 por cento.

1 Os dados que serviram de base para a presente análise foram as estimativas da Missão de Estudos do Rendimento Nacional do Ultramar, que englobam tanto os circuitos monetários como os não monetários, o que exige que os dados apresentados sejam objecto de tratamento para fazer face às dificuldades encontradas na utilização das estimativas do produto gerado pela economia de subsistência

taxa que pode ser tomada como a taxa média mais significativa para a evolução do produto interno bruto de Angola no período em análise.

A distribuição percentual deste agregado pelos dois circuitos - monetário e não monetário - foi, nos anos mais relevantes do penado considerado, o seguinte A despesa imputada ao produto nacional bruto evoluiu entre 1953 e 1963, para preços constantes de 1968, da forma que se pode observar no quadro seguinte A evolução do produto nacional bruto apresenta uma natural similitude com a do produto interno, com as mesmas pequenas quebras em 1954, 1956 e 1962, das quais apenas a primeira não foi provocada essencialmente pela variação dos preços, pois, para preços correntes, somente se assinala um ligeiro recuo em 1954 O valor máximo foi atingido em 1963.

Considerando apenas os fluxos monetários da despesa imputada ao produto nacional bruto, as taxas seriam maiores e até mais significativas, na medida em que punham em evidência uma sólida tendência monetariamente na economia O dualismo económico da província já assi(...)