Turismo Evolução recente, situação actual e perspectivas Apresentam-se em Angola possibilidades apreciáveis de desenvolvimento turístico concentradas em zonas com interesse apenas potencial, mas que noutros casos pode já ser considerado como realidade, embora ainda em fase incipiente Entoe estas poderão incluir-se as zonas de turismo de Luanda, Lobito-Benguela, Sá da Bandeira e Nova Lisboa. Entre as primeiras, as de Cabinda, Novo Redondo, Moçâmedes, Malanje, Moxico, Bié e Guando Cubango Os factores de atracção são essencialmente dois a caça e a pesca desportiva. Existem actualmente em Angola os parques nacionais da Quiçama, da Cameia (distrito do Luso), de lona (distrito de Moçâmedes), de Bicuar e da Mupa, cuja área, no seu conjunto, abrange cerca de 5 milhões de hectares, as reservas naturais integrais do Luando e da Cangandala, num total de 888 000 ha, as reservas parciais de Milando e Moçâmedes, num total de mais de 2 milhões de hectares, e as coutadas públicas do Ambriz, Longa-Mavinga, Luengué, do Luiana e do Mucusso, num total de mais de 9 milhões de hectares

Os parques nacionais da Quiçama e da Cameia estão apetrechados com acampamentos para visitantes A existência abundante de peixe-prata nas águas de Angola representa, por si só, elemento bastante para atrair turistas, não só de África, como de outros continentes. Tal atracção poderá ser substancialmente ampliada desde que sejam definidas as zonas e épocas de frequência de outras espécies: atum, albacora e patudo, espadins e veleiros

De um modo geral, todas estas espécies existem ao longo de toda a costa de Angola. As águas de Moçâmedes, pelo seu enrocamento e limpidez, apresentam condições ideais para a caça submarina e fotografia subaquática.

Seria igualmente de interesse ensaiar o povoamento de espécies, tais como o peixe-tigre e o adrigã, em albufeiras e lagos do interior O equipamento hoteleiro era em meados de 1966 o seguinte.

(ver tabela na imagem)

Os hotéis de 1.ª classe, unicamente existentes em Luanda, Sá da Bandeira e Lobito, têm uma capacidade de utilização que se pode classificar de boa. Em Luanda a taxa média de ocupação anual deve oscilar por volta dos 95 por cento, descendo ligeiramente nas outras duas cidades. A situação actual da indústria hoteleira de Angola é difícil no que respeita a pessoal especializado. A falta de profissionais qualificados constitui séria dificuldade para o exercício da hotelaria portuguesa. Dada a dificuldade de recrutar pessoal habilitado no continente, onde se luta com problema semelhante, não se oferece outra forma de enfrentar a falta de pessoal especializado senão a de intensificar a formação profissional na indústria hoteleira através de escolas hoteleiras, das quais a primeira, em Luanda, ensaia os seus primeiros passos Considera-se que haverá fundamentalmente que promover o desenvolvimento da actividade turística em três zonas prioritárias, que são zonas potenciais de atracção do turismo interno (em especial de fluxos de origem metropolitana) e internacional, principalmente da África do Sul, Sudoeste Africano e Rodésia

Região em forma de pentágono irregular, com vértices na barra do Dande, Duque de Bragança, Malanje, Santa Comba e Novo Redondo,

Região triangular, cuja base se supõe compreendida entre as pontas do Diabo e Grossa e o vértice em Folgares,

Região triangular, cuja base se estende do Farol das Salinas ao Lobito, com vértice em Nova Lisboa Investimentos

3.1. Caça A necessidade de melhorar as reservas e coutadas existentes, pelas razões que já ficaram expostas, implica que sejam construídos, nalgumas delas, alojamentos, picadas, bebedouros e abastecimentos de águas.

3.2. Hotelaria Prevê-se a construção de um hotel de luxo em Luanda, destinado a servir o turismo internacional, com cerca de 100 quartos, e uma pousada na barra do Cuanza, restaurante e ancoradouro (para apoio à pesca desportiva). Estes dois empreendimentos deverão ser da iniciativa do sector privado

Prevê-se ainda a construção de três hotéis de turismo destinados a servir o turismo internacional e interno Farte do investimento será assegurado pelo Estado

3.3. Centra de preparação hoteleira a de turismo A falta de preparação do pessoal hoteleiro exige que se dê especial atenção a este empreendimento, aproveitando a experiência já adquirida com a escola hoteleira e beneficiando da colaboração e apoio técnico dos serviços de turismo nacionais Conforme já foi salientado, impõe-se que se proceda a um estudo que estabeleça a forma de utilização mais racional das potencialidades existentes e a uma racional informação através da imagem e da rádio.