Dada a projecção realizada para o produto interno bruto e tidas em conta certas condições inerentes à própria reprodutividade dos capitais, sobre que haverá a dizer uma palavra mais adiante, o projecto prevê um investimento global no período de 1968-1978 de 183,5 milhões de contos, cujo crescimento será processado à taxa média de 8,2 por cento ao ano. Considerada a acumulação das existências a um ritmo médio igual ao produto, a preços de merendo, aquele investimento conduzirá, em 1973, a uma formação bruta de capital da

ordem dos 37 milhões - ou sejam, 2L,8 por cento da despesa nacional respectiva, contra 19 por cento em 1967.

De realçar, que o descimento da formação bruta do capital fixo se processa a um ritmo superior ao da produção (8,2 para 7,1 por cento ao ano), mantendo, no entanto, o ritmo anterior.

Os quadros VII e VIII resumem os dados fundamentais relativos às projecções sobre a formação bruta do capital, tal como decorrem dos números apresentados pelo projecto.

Projecções da formação bruta de capital fixo por sectores de actividade

Estrutura sectorial da formação bruta de capital fixo Quanto às projecções da despesa nacional - de relevo particularmente notável em qualquer esquema de planeamento, dado que este acaba por resumir o equilíbrio global despesa-produto - e que dependem dos comportamentos previstos para o produto interno bruto, o rendimento líquido externo e o saldo dos impostos indirectos menos subsídios, o projecto apresenta. Reduzida participação do rendimento líquido externo na despesa nacional (cerca de 0,8 por cento), embora expandindo-se em termos absolutos a uma taxa significativa, como já se viu, Manutenção do peso relativo da fiscalidade indirecta (avaliada em 1961-1964 em 8 por cento da despesa nacional),

3) Logo, uma taxa do crescimento da despesa idêntica à do produto interno bruto,

4) Manutenção da percentagem anual de variação nos investimentos (8,2 por cento), o que leva a uma progressiva acumulação de capital, que representará, em 1973, mais de um quinto da despesa nacional (21,9 por cento),

5) Dadas as projecções consideradas para as existências (0,9 por cento da despesa de 1973) e para a formação bruta de capital fixo, projecta-se um incremento de consumo global da ordem dos 36 milhões de contos, o que representaria ligeiro recuo da sua posição relativa na despesa nacional (de 81 por cento em 1967 para 77,2 por cento em 1973),

6) Para este resultado contribuem. A redução da taxa de crescimento do consumo público, por exclusão das despesas militares (de 6,9 por cento ao