(ver tabela na imagem)
O consumo total para pão de centeio pode estimar-se entre 120 000 t o 180 000 t
Sorgo exótico e trigo exótico forrageiro
Estes números são o suficiente para tirar quaisquer dúvidas quanto à importância que a cerealicultura desempenha ainda, e desempenhará, na economia agrícola do continente
A importação do arroz regula por 18 000 t anuais, ou seja mais de 10 por cento da produção média
Daqui, também, não dever, sob os aspectos económicos e sociais, ser considerada cada uma das espécies cultivadas de per si, nomeadamente se a política económica seguida não abarcar, na medida do possível, as mais importantes, procurando desfazer situações mais vincadas quanto a protecções, tratamentos e diferenciações regionais.
O problema dos cereais - culturas de sequeiro ou de regadio - é sempre dos mais incisivos, pela influência que o nível quantitativo da produção tem na formação do produto nacional, na economia privada do produtor e na do consumidor, dado que a sua maior parte se destina ainda ao fabrico do pão, com todos os seus reflexos económico-sociais
Sabe-se que tem sido meritório o esforço desenvolvido neste sector desde a compunha do trigo em 1929, e conhecem-se os altos e baixos que tem tido a produção, mau grado os esforços e progressos da técnica, os incentivos financeiros e a obstinação dos produtores perante as adversidades do meio, suportando prejuízos por vezes bem pesados Mas também é certo que, a cultura do trigo, tem encontrado, em especial a partir da campanha de 1948-1949, com a fixação prévia do preço, um amparo que não se verifica em relação a qualquer outro produto agrícola. Em muitos dos terrenos, contra-indicados paia a cultura, são as exigências da vida das famílias que não permitem que se faça a reconversão cultural sem que se disponha de um apoio técnico e de um amparo de ordem financeira durante um número apreciável de anos, o que, num e noutro aspecto, não foi possível ainda conseguir, e admite-se até que não seja fácil
2) Medidas financeiras de amparo e de protecção que coloquem tanto quanto possível em paridade as várias espécies de cereal
Nesta, e noutras actividades complementares, a Federação Nacional dos Produtores de Trigo contribuiu, dentro da sua função específica, com mais de 30000 contos, valores não actualizados, para permitir aos serviços do Estado exercerem uma acção mais válida para o progresso da cerealicultura. E assim figuram no projecto em apreciação, em autofinanciamento, mais 10 000 contos para a instalação das Estacões de Cerealicultura de Braga e de Beja
No capítulo em exame, atribui-se a verba de l 804 000 coutos para este empreendimento, a obter através de dotações do Estado e dos organismos intervenientes no sector, nomeadamente da Federação Nacional dos Produtores de Trigo e da Comissão Reguladora do Comércio de Arroz, que chamam a si encargos da ordem dos 115 700 contos paia prosseguimento da montagem da rede de selecção de sementes, armazenagem, mecanização de celeiros, etc. Parece não ficar deslocado recordar o alto contributo destes organismos para o fomentos da técnica da produção, a pa r da intervenção que desempenham no escoamento dos produtos e outros auxílios à lavoura.
É atribuída uma verba substancial de 1 620 000 contos - a terceira em ordem de grandeza no conjunto dos empreendimentos - para fomento da produção cerealífera, sem que se concretize qual a sua aplicação A secção pode