de 1064 anexo ao parecei n.º 18/VIII, acerca do projecto do Plano Intercalai de Fomento, pois, mau grado providências posteriores, nomeadamente os despachos do Ministério da Economia de 10 de Abril de 1965 e de 7 de Abril de 1967 e os estímulos de ordem material estabelecidos, não foi ainda possível melhorar convenientemente a situação, conforme revelam os números anteriormente apresentados, ainda que em parte baseados no confronto com o ultimo arrolamento geral do gado, em 1955, que, como é fácil de apercebei, deve considerar-se largamente ultrapassado. Eis um aspecto do problema para que a secção chama a atenção do Governo o da actualização das estatísticas relacionadas com a agricultura, dado, neste caso especial, o interesse fundamental de se conhecerem os nossos efectivos pecuários. Parece, entretanto, poder afirmar-se que nos últimos anos tem havido tendência apreciável para o aumento da produção de carne de bovinos adultos e redução de abate de vitelos, aumento numérico e melhoria de qualidade dos ovinos, aumento sensível na produção e no consumo de carne de ÍUGR, o que permitiu, no seu conjunto, o abastecimento à custa da produção interna em 95 por cento

Continua-se registando a baixíssima capitação no consumo de leite (25,1 por cabeça), de manteiga e de queijo

O quadro que segue esclarece os objectivos em vista no tocante as necessidades em carne e leite de vaca

Necessidades em carne e leite

(ver tabela na imagem) O problema da pecuária ocupa posição fundamental em toda a pai te Em Fiança, por exemplo, representa mais de 60 por cento do produto da agricultura e interessa a 5 milhões de rurais e a 1 500 000 explorações. Representa um movimento de 30 milhões de francos. Por estes motivos, tem particular interesse e oportunidade como elemento de consulta o desenvolvido estudo «L'élevage en question», que constitui o número de Fevereiro-Março do 1967 da Revista Paysans e que insere o texto da Lei de 28 de Dezembro de 1966 Empreendimentos n.ºs 6 e 7 - Fruticultura, horticultura e floricultura Neste domínio, o objecto proposto para o III Plano de Fomento é a fruticultura e horticultura crescerem a taxas anuais nunca inferiores a 3,5 e 3 por cento, respectivamente

Diz-se no capitulo em exame que «este é um dos ramos do sector agrícola que se espera venha a assumir papel motor do progresso da agricultura nacional» Assim deve ser, e só poderá estranhar-se que o seu desenvolvimento, nos múltiplos aspectos e facetas que apresenta, se tenha processado tão lentamente. O empreendimento é dotado com 382 000 contos, dos quais 250000 destinados a comercialização, que engloba a montagem das estações fruteiras e, bem assim, se obstáculos ]á tradicionais não o impedirem, a instalação e a modernização de mercados abastecedores

Embora neste, como noutros sectores da nossa agricultura, o conjunto de acções englobado na expressão «comercialização» seja fundamental, parece haver uma flagrante desproporção entre a verba que lhe é atribuída e as diferentes acções técnica s que o vasto campo de acção destes empreendimentos abrange, e que se referem ao fomento da produção das pomóideas e prunóideas, uva de mesa - sector da maior importância -, horticultura e floricultura, a que se destinam, no conjunto, 76 000 contos, instalação do viveiro nacional, estudos sobre preparação de sumos de frutos, etc.

Neste, como noutros aspectos, não nos devemos isolar das realidades. A base de expansão das culturas será o aumento do consumo dos produtos em fresco, secos ou industrializados. E temos de considerar os mercados nacional e externos Não nos devemos confinar às perspectivas optimistas - justamente consideradas em tantos casos-, porque não deve esquecer-se que a concorrência quanto ao aumento das produções e exportações, se processa de igual modo e que, por circunstâncias várias, em muitos casos não estaremos nas condições mais favoráveis. A documentação que o relatório do grupo Ritter, em missão da O C D E , apresentou em Outubro de 1966 por Quanto a frescos exportáveis, n Junta Nacional das Frutas considera com maiores probabilidades de exilo entre os frutos os seguintes uvas de mesa, pêssegos, citrinos, damascos, ameixas, cerejas, melões e morangos, e entre os produtos hortícolas o tomate, a cebola, as ervilhas, o feijão verde, a cenoura, os agriões, os pepinos, os pimentões, os espargos, a couve-flor, os espinafres e a batata-primor

É igualmente susceptível de um mercado interessante, como, aliás, já se vem verificado, ainda que em escala limitada, a exportação de sementes de produtos hortícolas, de forragens e de flores e de plantas ornamentais

É certo que o mercado interno da indústria, praticamente artesanal, da conservar de frutos, tem-se desenvolvido, mas o consumo é ainda sem expressão numérica, embora tenha a grande vantagem do aproveitamento dos frutos de pior qualidade comerciável

A secção julga impor-se tirar o maior partido das instalações do Laboratório de Tecnologia dos Frutos instalado na Tapada da Ajuda, no programa do II Plano de Fomento

Tu, porém, preciso não esquecer o mercado interno com nítida possibilidade de evolução favorável, não só dedo