brados através da citada contribuição, no que toca a 1965, no montante de 546 639 contos, foram suportados por 158 823 das firmas inicialmente colectadas.

O imposto pago por todo o comércio por grosso e a retalho foi o mais alto entre os sectores colectados, representando 38,5 por cento do total da contribuição industrial, ou seja mais 26 900 contos que o liquidado à indústria transformadora (519 693 contos). Para melhor se avaliar a importância que têm, no âmbito do comércio grossista e retalhista, os artigos denominados "de primeira necessidade", principalmente os específicos da alimentação, a seguir se aponta o seu movimento global, em quilogramas e escudos, e o número de armazenistas intervenientes, respeitantes aos anos de 1965 e 1966.

Toda a gama de artigos de primeira necessidade, indicada nos mapas anteriores, foi distribuída no continente através dos meios para o efeito até agora existentes e levada até ao consumo público por 18 776 retalhistas de artigos de mercearia da zona norte, 11 202 retalhistas de artigos de mercearia da zona centro e 16 719 retalhistas de artigos de mercearia da zona sul, ou sejam 46 697 comerciantes retalhistas de mercearia que se dedicam internamente ao abastecimento das várias localidades continentais. Pelo que se aprecia através dos elementos reunidos quando se analisam os diversos sectores do comércio, pode afirmar-se que a sua planificação e coordenação concebida em novos moldes levaria, de ricochete, a obter-se uma expressiva valorização de grande parte da produção nacional integrada no âmbito agrícola e industrial.

O facto, sem dúvida, determinaria uma queda em certas importações do estrangeiro, principalmente dos produtos alimentares e ainda de outros que melhor se produziriam entre nós e que no continente têm larga distribuição através das actividades mercantis nacionais.

Para bem se atingir o objectivo desejado muito poderão vir a contribuir as medidas programáticas concernentes às actividades nacionais de produção apontadas, no projecto do III Plano de Fomento para 1968-1973, e que dizem respeito, especialmente, a: Empreendimentos no sector interno distribuidor dos bens de consumo, cuja produtividade tenha carácter imediato;

b) Activação da produção de bens e serviços que tenham em vista encorajar o aumento das exportações;

c) Previsão da criação de infra-estruturas que possam contribuir para uma melhoria do potencial produtivo e, bem assim, do poder aquisitivo da população O total exportado pela metrópole, que em 1965 registara apreciável subida, passando de 14 831 000 contos em 1964 para 16 573 000 contos, ou seja mais cerca de 11,7 por cento, teve em 1966 novo aumento, atingindo 18 023 000 contos, embora com uma taxa de crescimento ligeiramente inferior (+8,7 por cento).

Não obstante, segundo elementos colhidos pelo Instituto Nacional de Estatística, não se encontrou ainda no ano findo, como se desejaria, a melhoria do saldo negativo da balança comercial metropolitana, registando-se, tal como em 1965, novo agravamento, embora bastante menos volumoso.

Em 1965 (em relação a 1964) - 2 491 000 contos

Em 1966 (em relação a 1965) - l 093 000 contos

Isto significa que nos dois últimos anos o nosso déficit comercial se elevou em mais de 3,5 milhões de contos, cerca de 46 por cento do deficit que se verificara em 1964 (7,5 milhões de contos), problema cuja gravidade é notória.

De salientar, entretanto, que o valor médio da tonelada exportada (excluindo dos cálculos a água fornecida para o abastecimento de navios estrangeiros, de valor muito baixo, cerca de 13$/t), vem registando uma subida constante.

Será de desejar, e estimular, este aumento do valor médio da exportação e, simultaneamente, a prática de políticas intensificadoras do comércio de exportação, a fim de se poder obter o necessário equilíbrio da balança comercial.