mento (1968-1973), tudo indica que o comércio externo do continente terá de suportar certa transformação na sua estrutura e adaptar-se a ela.

Julga-se, assim, oportuno fazer aqui pequeno apontamento acerca do comércio exportador.

Os exportadores continentais, atentos a política económica adoptada pelo Governo, terão de indagar nos mercados tradicionais a melhor maneira de actuar, procurando aumentar ah os suas vendas, e conseguir também a entrada dos produtos do seu comércio em novos mercados.

Para isso terão de procurar novos e constantes contactos, pelo que se revelará muito útil, se não imprescindível a sua presença nas feiras internacionais, ao mesmo tempo que devei ao contactar, frequentemente, com a clientela dos vários países, procurando conhecei os seus gostos e desejos e oferecendo os seus produtos nas condições exigidas por essa clientela.

Entre nós verifica-se cada- vez mais a presença de comerciantes estrangeiros que vêm às poucas feiras que lhes oferecemos e procuram directamente a sua clientela, diligenciando encontrar todos os meios de penetração com o objectivo de conseguirem vendas.

Actualmente, quem tem necessidade de vender -como é o caso do comércio exportador continental - deve oferecei o que o cliente gosta de adquirir, e não forçar a venda do que produz dentro de determinados moldes e qualidades.

Facilitam muito a futura acção do comércio exportador a publicação do diploma que se tomou conhecido pela designação de «Estatuto do Comerciante», que proporcionará a regulamentação em novos moldes das actividades exportadoras Estas, identificadas através da ali sugerida «Cédula de Exportador», proporcionariam, assim, à Administração, através do Fundo de Fomento de Exportação, o poder de intervir e orientar a actividade exportadora - que tanto necessita de incentivo gizado em moldes certos e senos. Àquele organismo estaria desse modo em condições de melhor poder desempenhar a verdadeira missão que lhe compete.

Pelo que se sabe, tudo indica ser em breve publicado o diploma que trata do sistema do crédito e seguro do crédito à exportação, o qual, quando aplicado, sem dúvida muito contribuirá para a melhoria da actual situação de muitos dos sectores especializados do comércio exportador. Nos últimos anos, o volume das importações passou de 22 320 milhões de escudos em 1964 para 26 558 milhões de escudos em 1965 e mais de 29 000 milhões de escudos no ano fiado, ou sejam aumentos de 4,233 milhões de contos (19 por cento) em 1965 e de 2,543 milhões (9,6 por cento) em 1066 - cerca de 6,8 milhões em dois anos, correspondendo a 30 por cento do volume das importações totais registadas em 1964.

Em quantidade (peso), a importação passou de 5,3 milhões de toneladas em 1964 para 6 milhões em 1965 (+11,4 por cento) e 6,3 milhões no ano findo (+4,4 por cento), variando os valores unitários da tonelada importada de 4236$ em 1964 para 4414$ e 4635$ nos anos seguintes, incluindo os diamantes ou, excluindo estes, de 4100$ para, respectivamente, 4280$ e 4458$ A seguir apontam-se as mercadorias importadas que se salientaram pelo seu maior valor nos anos de 1965 e 1966.

Os principais fornecedores, pois outros houve, dos artigos anteriormente discriminados foram, por ordem de importância.