Entende-se que não deve ser dada execução ao empreendimento sem estudo previamente sem estudo aprovado e sem demonstração do interesse do investimento

Por outro lado não se contou com verba para ampliação das centrais do Mindelo

e da Praia, cuja absoluta necessidade é evidente em faço da evolução dos consumos.

Também o problema do aproveitamento da energia eólica não é tilo simples como parece. As centrais eólicas previstas têm por finalidade "injectar" energia em redes públicas de distribuição de energia alimentada por centrais equipadas com geradoras síncronos. Sendo assim, e como os geradores eólicos síncronos assíncronos, há que colher experiência sobre a eficiência do funcionamento em paralelo de geradores de tipo diferente Be lesto, sabe-te da existência de outros problemas de ordem técnica, como, por exemplo, os decorrentes das capacidades relativas da lede e dos geradores

Assim parece, prudente começar pela instalação de uma única central eólica, obs ervar o seu financiamento e só depois instalar as outras, se o resultado foi formidável.

Isso envolve alteração do escalonamento de verbas.

Sugere, portanto, a Câmara a transferência para a alínea a), com vista á necessária ampliação de centrais do Mindelo e da praia, de 2300 contos dos verbas inscritas a sentas para este fim e de 1500 contos da verba inscrita para o aproveitamento hidroeléctrico das Pombas (que seria assim adiado até ter projecto devidamente justificado e aprovado), criando-se, portanto, em a) mais a seguinte rubrica.

4 Ampliação das centrais do Mindelo e da Praia - 3800 contos Circuitos de distribuirão. - O projecto apenas fula de generalidades que não justificam a verba prevista (8400 coutos) Parece que, enquanto não se passai a fane dns concretizações não se deve introduzir qualquer despesa. Transportes e comunicações - É esta a rubrica mais vultosa do programa de Cabo Verde (385040 contos), com a seguinte distribuição

Contos

Aquisição de um navio mercante para cabotagem.. 2200

Melhoramentos na pista do Maio, Boa-vista e S. Nicolau.. 3000

Energia, agua e esgotos (excepto na Praia).............. 1000

É necessário fazer alguns comentários, começando pelas estradas.

Durante anos consumiram-se avultadas verbas em trabalhos rodoviários na província, como meio de absorção de mão de obra. Como medida de emergência no com as crises, certamente houve para isso plena justificação. Mas não posteriormente a insistência no critério conduziu a resultados pouco brilhantes e o custo real por quilómetro de estrada construída subiu a números muito elevados.

Tem sido recomendada a mudança de orientação - e isso continua a considerar-se indispensável

O caminho é simples

1 º Projectos devidamente elaborados, em especial quanto ao tipo de pavimento,

2 º Execução das obras por empreitada, dando-lhes suficiente volume para atrair empreiteiros qualificados,

Salvo nos programas de Santo Antão, Santiago e Fogo. parece ter havido demasiada preocupação em pulverizar obras. Convém rever o assunto

Propõe-se a inscrição de uma verba de 6000 contos para projectos. Ora, estão projectados para a província cerca de 500 km de estradas, o que certamente dará para todo o III Plano de Fomento Quer novo projecto que seja necessário pode ser estudado pela brigada de estradas.

Julgamento se propões a inscrição de 25821 contos para fiscalização e encargos gerais, o que corresponde acerca do 20 por cento do valor consignado para obras. Ora A verba de fiscalização, quando a ela houver lugar, é inscrita no orçamento da, obra a que respeita e não tem de ser individualizada no Plano de Fomento,

b) Essa verba não é necessária para as obrais realizados por administração directa,

c) Se a obra foi dada por empreitada, os gastos com n fiscalização fazem parte, como se disse, do custo da obra e nunca excedem 10 por cento do valor orçamentado (naturalmente menos)

Assim, haverá que abater a verba destinada a projectos e n fiscalização e encargos gerais, inscrevendo, em contrapartida, apenas o necessário ao funcionamento da brigada. Desaparecem assim as rubricas. "Execução de pro-