Assim, nota-se uma certa estabilização do movimento.
Os investimentos previstos totalizaram 539 000 contos, sendo 493 000 destinados a portos.
O programa está bem estruturado e justificado Contudo, quanto as obras portuárias em Cabinda, tudo está sujeito à evolução que se verificar, quer no sector dos petróleos, quer no dos fosfatos e dos sais de potássio.
Os pontos a salientar suo os seguintes.
Avulta a construção de um novo cais de carga geral, com 385 m, e seu equipamento Deve considerar-se por memória o porto mineiro e respectiva instalação carregadora, dependente do desenvolvimento das minas de ferro ao longo do caminho de ferro, para o qual se dispõe de financiamento externo, e também o porto de pesca, cuja construção se tem por indispensável.
A verba cobre o equipamento e instalações de terra e continuação da estabilização da restinga E provável que venha a ser necessário ampliar as instalações acostáveis.
Completamento dos empreendimentos iniciados no Plano Intercalar.
As obras projectadas custarão provavelmente mais. Mas já se acentuou que o problema está dependente das decisões no sector mineiro que influenciarão também a própria localização do porto.
Construção de uma ponte-cais de longo curso para o serviço da pesca.
Apenas trabalhos de defesa contra a erosão da costa, junto à ponte-cais.
Há minuciosos estudos a fazer para estabelecimento e pormenorização de um plano geral portuário. Além dos portos citados, tem de considerar-se a função a sei reservada a Santo António do Zaire, bafa dos Tigres e outros portos secundários.
Nada há a observar quanto às verbas reservadas para transportes fluviais (10 000 contos) e carenagem (36 000 contos).
Quanto a material de voo, projecta-se a aquisição de três novos aviões para rede interna, diverso equipamento e sobressalentes, tudo no valor de 103 500 contos.
Não há reservas a pôr ao programa apresentado, a não ser a falta de esclarecimentos quanto à dotação para aeródromos de recurso 1551. A verba de 156 620 contos reservada para telecomunicações cobre uma variedade de empreendimentos, todos eles devidamente justificados no projecto.
Contudo, antes de continuar o caminho já iniciado em matéria de comunicações pelo sistema VIII, recomenda-se que se tome decisão final sobre o programa global de telecomunicações da província, uma vez que há anos foi recomendada por especialistas a opção de ligações troposféricas para a rede principal. E ainda indispensável verificar se não é necessária inscrição de verba para o contrato em curso referente à rede administrativa.
Bairros de reordenamento e realojamento nas cidades
Contos
Lobito 19 645
Sá da Bandeira 9 810
Casas para funcionários nos distritos de Cabinda, Zaire, Urge, Lunda, Moxico e Guando Cubango 21 000
Execução de anteprojectos de habitação 500
Fomento e apoio à autoconstrução e habitação
melhorada ou de transição 20 000
O preâmbulo justificativo necessita de uma cuidada revisão por especialistas, pois, tal como está, falha na definição de objectivos e entra em pormenores de política habitacional certamente sujeitos a crítica Exemplos considerações sobre imóveis colectivos em relação às habitações unifamiliares (n.º 360), escalões da estrutura urbana (n.º 360), atribuição ao escalão "bairro" (50 a 150 famílias) de equipamento social não ajustado à escala.
Falta, como se disse, a visão das questões dentro de uma óptica urbanística nos diversos escalões.
Por outro lado, não faz sentido a completa omissão de dotações para o subsector de urbanização, apesar de no texto se fazer referência, como medida necessária, ao "estabelecimento de planos de urbanização para os principais núcleos da província". Mas não apenas neste escalão. A exemplo do que se está fazendo em Moçambique,