l-Tendências gerais No momento em que se prepara o presente relatório, a conjuntura internacional apresenta aspectos favoráveis que não eram facilmente previsíveis, visto que ainda em Junho passado se vincavam com pessimismo os possíveis efeitos desfavoráveis das restrições então adoptadas nos Estados Unidos da América, por outro lado, na Alemanha, apesar das informações positivas proporcionadas pelos vários indicadores económicos (encomendas recebidas, volume de transacções, nível de emprego, volume e natureza do investimento, lucros esperados, etc.), não se deixava de considerar a possibilidade de uma reviravolta da economia, cuja primeira e acentuada recessão, após dezoito anos de crescimento contínuo, se registou em 1967.

Os principais focos expansionistas residem nos Estados Unidos da América (onde o consumo privado aumenta sensivelmente em resultado da redução da poupança e do incremento dos rendimentos dos particulares e na Alemanha (em consequência, agora, da expansão do crescimento do comércio mundial.

Do êxito que os Estados Unidos da América e a Grã-Bretanha venham a ter na política de reequilíbrio das respectivas balanças de pagamentos, ou que a França patenteie na eliminação dos graves prejuízos que sofreu em Maio (a taxa de crescimento do produto real em 1968 é agora estimada em 3,5 por cento, enquanto anteriormente se previa da ordem de grandeza dos 5 por cento); da evolução das despesas militares no Vietname ou das consequências orçamentais do clima de insegurança que a invasão da Checoslováquia acentuou na Europa - para só referir alguns aos factores mais conhecidos publicamente - depende fortemente a evolução económica que conheceremos nos próximos meses. Uma ilação importante parece de tirar da análise das consequências da recessão económica internacional de 1967: foi o grau de solidez da base financeira das economias (quer no plano publico, quer no das empresas privadas) que assegurou a possibilidade - e determinou