(a) Valoras provisórios

(b) Valor residual De acordo com as estimativas das contas nacionais sobre a utilização dos recursos, verifica-se que u expansão da procura global em 1967 se ficou a dever, fundamentalmente, ao acréscimo do consumo público, ao aumento das despesas dos consumidores e às maiores exportações de bens e serviços.

Os elementos provisórios de que se dispõe evidenciam acréscimo insignificante na formação de capital fixo em 1967. Com efeito, ao aumento das despesas de investimento nalguns sectores, designadamente «Casas de habitação», «Electricidade, gás e água», «Transportes e comunicações» e «Hotéis», ter-se-á oposto acentuada contracção das referentes às industrias transformadoras, que parece confirmar-se, pelo menos em parte, pelo comportamento das importações de máquinas e aparelhos e pela baixa intensidade da procura nas indústrias de bens de equipamento.

De facto, o volume de importações de bens e serviços, calculado a preços constantes, diminuiu ligeiramente durante o ano tra nsacto. Para 1968 as previsões formuladas pelo Instituto Nacional de Estatística permitem esperar que a expansão do produto nacional prossiga a taxa elevada, embora naturalmente inferior â de 1967, que foi influenciada pela quebra conjuntural registada em 1966.

As primeiras previsões do produto interno bruto, ao custo dos factores para o corrente ano (que devem ser tomadas com reservas, uma vez que foram calculadas em outubro com base em dados referentes apenas à primeira parte do ano) sugerem um acréscimo de 5,7 por cento, relativamente ao ano anterior.

De acordo com essas estimativas, prevê-se a expansão do valor acrescentado pelas indústrias transformadoras à taxa de 5,8 por cento, mas é de admitir, pela observação dos respectivos índices mensais e dos inquéritos de conjuntura, que o ritmo de acréscimo da produção industrial possa não se afastar do observado em 1967.

Para as actividades terciárias estima-se um crescimento superior ao do ano precedente, dada a recuperação prevista para o produto da actividade comercial e a intensificação da expansão nomeadamente nos transportes e comunicações. Quanto ao produto originado no sector primário, depois da recuperação observada em 1967, espera-se natural afrouxamento de expansão, apegar do comportamento mais favorável da silvicultura.

Continua a justificar apreensão o comportamento da formação de capital fixo. Note-se, todavia, que, através de um inquérito efectuado pela Corporação, da Indústria para uma amostra de representatividade relativamente elevada, se prevê para 1968 apreciável incremento de investimentos industriais, que traduz fundamentalmente a realização de projectos relevantes nas indústrias químicas e dos petróleos e nas metalúrgicas de base. Os resultados deste inquérito apontam ainda possibilidades de quebra do investimento na indústria em 1969, devidas a falta de identificação, neste momento, de iniciativas de vulto.

Nestes termos, importará reforçai a acção no domínio dos investimentos públicos, cuja dinamização se retomou durante o 2 º semestre deste ano, e adoptar medulas de estímulo do investimento privado. A avaliar pelas estimativas do Instituto Nacional de Estatística sobre as principais colheitas, o valor acrescentado pela agricultura não deve acusar variação significativa no corrente ano, em virtude das diminuições previstas em algumas produções, sobretudo nas de azeite, vinho, batata e frutas. Estes resultados devem ser, em parte, compensados pela colheita cerealífera, que voltou n acusar evolução particularmente favorável. Com efeito, as produções de trigo, centeio, aveia e cevada excederam substancialmente as da campanha anterior, embora tenha experimentado contracção a colheita do milho.

Quanto à pecuária, no decurso do l º semestre de 1968 observou-se incremento de 14,8 por cento na tonelagem de gado abatido para consumo no continente, que havia diminuído em igual período do ano anterior. Todavia, registou-se sensível descida de preços das várias espécies pecuárias, em particular do gado bovino e suíno.

O valor acrescentado pela silvicultura deve aumentar consideràvelmente no ano corrente, em face dos acréscimos previstos na produção de cortiça (44 por cento), cujo ciclo extractivo passou à fase ascendente, e, ainda que em menor proporção na extracção de resmas