Manuel António de Almeida de Azevedo e Vasconcelos.

Maria José Paulo Sampaio.

Narana Sinai Coissoró.

Rui Eduardo Ferreira Rodrigues Pena.

Rui Fausto Fernandes Marrana.

Vítor Afonso Pinto da Cruz.

Vítor António Augusto Nunes de Sá Machado.

Partido Comunista Português (PCP)

Álvaro Augusto Veiga de Oliveira.

António Luís Mendonça de Freitas Monteiro.

António Marques Matos Zuzarte.

António Marques Pedrosa.

Cândido Matos Gago.

Carlos Alfredo de Brito.

Custódio Jacinto Gingão.

Ercília Carreira Pimenta Talhadas.

Fernando de Almeida Sousa Marques.

Francisco Miguel Duarte.

Georgete de Oliveira Ferreira.

Hermenegilda Rosa Camolas Pacheco Pereira.

Jaime dos Santos Serra.

Jerónimo Carvalho de Sousa.

Joaquim Gomes dos Santos.

Jorge do Carmo da Silva Leite.

José Manuel da Costa Carreira Marques.

José Manuel Maia Nunes de Almeida.

José Manuel Paiva Jara.

José Pedro Correia Soares.

José Rodrígues Vitoriano.

Manuel Duarte Gomes.

Manuel Gonçalves.

Manuel Mendes Nobre de Gusmão.

Manuel do Rosário Moita.

Maria Alda Barbosa Nogueira.

Octávio Floriano Rodrígues Pato.

Raul Luís Rodrigues.

Severiano Pedro Falcão.

Vital Martins Moreira.

Victor Henrique Louro e Sá.

Victor Manuel Benito da Silva.

Zita Maria de Seabra Roseiro.

União Democrática Popular (UDP)

Acácio Manuel de Frias Barreiros.

Independentes

António Jorge Oliveira Aires Rodrígues.

Carlos Galvão de Melo.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 237 Srs. Deputados

Temos quórum. Está aberta a sessão.

Eram 17 horas e 30 minutos.

O Sr. Presidente: - Vamos interromper a sessão até às 18 horas.

Cada partido designará um representante para fazer parte da delegação que irá receber o Sr. Presidente da república a chegada ao Palácio.

Está suspensa a sessão.

As 18 horas deu entrada na Sala das Sessões o cortejo em que se integravam o Sr. Presidente da República, o Sr. Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-Ministro, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, os Secretários da Mesa, a comitiva do Presidente da República, o secretário geral da Assembleia da República, o chefe, o vice chefe e os secretários do Protocolo.

No hemiciclo encontravam-se já os membros do Conselho da Revolução, os Ministros, o Ministro da República na Madeira, o Presidente da Assembleia Regional da Madeira, o provedor de Justiça, o procurador geral da República e os presidentes dos Tribunais da Relação.

Encontravam-se também presentes, nas tribunas e galerias, os Secretários e Subsecretários de Estado, o corpo diplomático, o cardeal patriarca de Lisboa, altas autoridades civis e militares e numerosos outros convidados.

Constituída a Mesa, na qual o Sr. Presidente da República ocupou lugar à direita do Sr. Presidente da Assembleia da República, a banda da Guarda Nacional Republicana, colocada junto aos Passos Perdidos, executou o Hino Nacional.

O Sr. Presidente: - Está reaberta a sessão.

Eram 18 horas e 5 minutos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o representante da União Democrática Popular.

O Sr. Acácio Berreiros (UDP): - Sr. Presidente da República, Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros, Srs. Convidados, Srs Deputados, Povo Trabalhador de Portugal: Aqui saudamos entusiasticamente o 25 de Abril!

Há três anos atrás, debaixo da nobre iniciativa dos capitães de Abril e sob o gigantesco impulso dos trabalhadores portugueses, o fascismo caiu com todo o seu rol de misérias e sofrimentos para o Povo, com as suas torturas e os seus campos de concentração, a sua guerra criminosa e assassina. Nas lágrimas da sua alegria, no calor das suas esperanças mil vezes renovadas, no vigor da sua vontade temperada em longos anos de resistência e luta antifascista, o povo português levantou ainda mais alto as suas gloriosas bandeiras de liberdade.

Aqui recordamos e saudamos os mártires e heróis da luta antifascista que foram semeando com o seu sangue generoso o próprio 25 de Abril e se tornaram os próprios símbolos da luta de um povo que jamais foi vergado pelos mais ferozes crimes da ditadura: Humberto Delgado, Bento Gonçalves, Catarina Eufémia, Alfredo Dinis, Militão Ribeiro, José Gregório e tantos outros são marcos bem sólidos da própria liberdade.