principiaram a reeditar uma acção que em 1926 noa conduziu directamente ao fascismo.

Creio que é esta a explicação que devia dar.

Aplausos do PS e do PCP.

O Sr. Presidente:- Tem a palavra o Sr. Deputado Faria de Almeida para um pedido de esclarecimento.

O Sr. Faria de Almeida (CDS): - Desculpe, Sr. Presidente, mas pedi a palavra para fazer um protesto.

É um protesto muito significativo, na medida em que lamento que o Sr. Deputado Álvaro Monteiro, Deputado pelo círculo de Viseu, tenha vindo aqui prestar declarações que, de todo o modo, não são válidas. E não são válidas porquanto tenho aqui um documento...

Protestos do PS.

... - já estão a excitar-se de mais antes de o referir- que foi distribuído em Lisboa e em Viseu. Por acaso este foi-me distribuído e, ao que me disseram, por elementos do Partido Socialista.

Se o Sr. Deputado Álvaro Monteiro me quiser dizer que alguns elementos que distribuíram este panfleto em Lisboa, Coimbra, Porto e noutras localidades do País tenham sido elementos do PSD, CDS, PCP ou de outros, não sei. O que sei é que em Viseu esse documento me foi distribuído e por um elemento do Partido Socialista.

Passo em seguida a ler: «Portugal está de luto.» E passo a mostrar aos Srs. Deputados, porque centenas de milhares...

Protestos do PS.

... Sr. Deputado Álvaro Monteiro, só queria protestar contra as suas afirmações e dizer-lhe que foram elementos do seu partido aqueles que precisamente neste momento, em Viseu, provocaram essa calúnia que o Sr. Deputado quis imputar ao CDS.

Protestos do PS.

Sabe tão bem como eu que alguns elementos que os acompanharam durante as campanhas eleitorais se fizeram agora acompanhar destes papéis, o que lhe poderei provar localmente e em Visou, quando o Sr. Deputado, o desejar.

Portanto, este meu, protesto é veemente, na medida em que, por tudo o que o Sr. Deputado disse, querendo imputar culpas a quem não as tem, estará enganado, embora viva em Tondela.

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Álvaro Monteiro para um contraprotesto.

O Sr. Álvaro Monteiro (PS): - Queria dizer ao camarada ...

... .peço ao Sr. Deputado Faria de Almeida que me desculpe o facto de ter-me dirigido a si como camarada, pois sei quer não gosta da expressão.

Quero dizer ao Sr. Deputado do CDS que está muito mal informado. Não vivo em Tondela.

Uma voz do CDS:- É natural de Tondela!

O Orador: - Não sou natural de Tondela e não vivo aí, mas, sim nada mais nada menos que em Viseu, à volta de cinquenta e cinco anos.

O Sr. Deputado Faria de Almeida começou erradamente a sua afirmação por aí.

Quanto ao papel que tem na mão, e que eu não vi, posso dizer-lhe que o Partido Socialista foi completamente estranho a qualquer manipulação que contenda com o assunto relativo à Câmara Municipal a que eu aludi, há pouco. Mas tenho a dizer-lhe que tenho documentos à minha frente, autênticos, que mostram que CDS aprovou através dos seus representantes na assembleia municipal de Viseu, a proposta feita por um elemento, não do CDS, mas independente, e portanto incluído na sua lista, propondo um voto de pesar pelo facto de se considerar o dia 25 de Abril o Dia de Portugal. Isto é inequívoco.

O Sr. Alfredo de Carvalho (PS): - São coerentes!

Aplausos do PS.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Pedia ao Sr. Deputado Rui Pena o favor de informar a Mesa para que efeito pede a palavra.

O Sr. Rui Pena (CDS):- Sr. Presidente, para prestar um esclarecimento à Assembleia.

O Sr. Presidente: - Parece que o Sr. Deputado Faria de Almeida pediu primeiro a palavra.

Pausa.

Tem a palavra o Sr. Deputado Faria de Almeida.

O Sr. Faria de Almeida (CDS): - Sr. Deputado Álvaro Monteiro, quem terá de repudiar as suas palavras serei eu, na medida em que na sua zona, na