cada vez com interesse mais acentuado que nós fornos constatando esta transformação numa interpelação do PPD/PSD.
Mas eu queria-lhe perguntar, Sr. Dr. Magalhães Mota, a título de amizade que nasceu da nossa presença em vários Governas Provisórios - dado que o Sr. Dr. foi Ministro, se não me engano, no I Governo Provisório, no II Governo Provisório, no III Governo Provisório, no IV e VI Governos Provisórios ...
Risos do PSD.
O Orador: -... foi Ministro sem Pasta, foi Ministro da Administração Interna e foi Ministro do Comércio Interno ...
Uma voz do PS: - Ministro da batata! ...
O Orador: - Se tem números, factos e dados concretos que possam provar que, depois da posse da actual Governo, a criminalidade aumentou em Portugal. Não o quero magoar muito, mas, Sr. Dr. Magalhães Mota e ex-Ministro, nós temos dadas que provam que certos tipos de delitos, nomeadamente aqueles ligados ao açambarcamento, diminuíram dopais que V. Ex.ª deixou o seu Ministério.
Aplausos e risos do PS e PCP.
A Sr.ª, Helena Roseta (PSD): - É por isso que os preços dos géneros também aumentaram.
O Sr. Presidente: - Tem a .palavra o Sr. Deputado Magalhães Mota, para responder.
O Sr. Magalhães Mota (PSD): - Sr. Ministro Jorge Campinos, creio que as .pedidos de esclarecimento que me fez são perfeitamente pertinentes e têm todo o interesse para esta Assembleia.
O Sr. Ministro sem Pasta: - Obrigado, Sr. Deputado.
O Orador: - De resto, a Assembleia tem sempre, e penso falar em nome de todos os parlamentares, muito interesse em ouvir o Governo. E tenho pena que só .por vezes unia interpelação dê azo a essa audição.
O Sr. Ministro sem Pasta (Jorge Campinos): - Desculpe interrompê-lo, Sr. Deputado, mas o Sr. Dr. Magalhães Mota também não vem cá muitas vezes.
Risos do PS e PCP.
O Sr. Magalhães Mota (PSD): - Eu creio que, nesta como noutras matérias, o Sr. Ministro estará mal informado.
Vozes do PSD: - Muito bem!
O Sr. Ministro sem Pasta (Jorge Campinos): - Olhe que não!
O Orador: - Olhe que sim, Sr. Ministro, olhe que sim; e o Diário da Assembleia da República fala por si.
Eu creio que o Sr. Ministro Jorge Campinos invocou a minha experiência de ex-Ministro e eu poderia invocar a experiência do decano de todos os Ministros dos Governos Provisórios
Risos do PSD.
Pois foi o Sr. Ministro da Justiça quem aqui falou no aumento da criminalidade. E quanto ao aumento ou diminuição dos delitos económicas e concretamente do crime do açambarcamento, pois, Sr. Ministro, eu creio que, quando o «cabaz de compras» se reduz e os preços aumentam, o açambarcamento diminui.
Risos do PSD.
É uma explicação perfeitamente lógica e habitual. G a aumento de preços fui tão significativo, da ardem das 40 %, que boa parte dos delitos económicas ficaram sancionados ,por essa via, e não por qualquer via repressiva.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputada Martins Canaverde, para uma intervenção,
Pausa.
Entretanto, o Sr. Deputado Amaro da Costa pediu a palavra para que efeito?
O Sr. Amaro dm Gasta (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estamos há sete minutos a violar a Constituição.
O Sr. Vital Moreira (PCP): - Só?
O Orador: - Doze minutos na relógio da Câmara, sete no meu. A Câmara está adiantada cinco minutas sobre o meu tempo, o que é, aliás, natural.
A Sr.ª Maria Emília de Melo (PS): - Lá isso é! ...
O Orador: - Nessa circunstância, Sr. Presidente, será lógico compreender que o GDS abdique de todos os tempos de intervenção que lhe restavam neste debate.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado falou na violação da Constituição, querendo referir-se certamente a que já estamos no dia 16 e a Constituição marca como termo da primeira sessão legislativa o dia 15 de Junho. Todavia, na reunião dos grupos parlamentares não foi feita essa objecção e foi até, pelo contrário, previsto que a reunião de hoje poderia ultrapassar a meia-noite. De qualquer forma, Sr. Deputado Amara da Costa, congratulo-me com a sua compreensão por estes trabalhos e até pelo cansaço dos Srs. Deputados.
Está a seguir inscrito o Sr. Ministro da Justiça Almeida Santos. O Governo dispõe ainda de 67 minutos. Desculpem o «ainda».
Tem a palavra, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro da Justiça (Almeida Santos): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Deputados: Deixei de ontem para hoje um saldo da minha