direito ao trabalho de uma minoria que não acata as decisões da maioria, porque se essa minoria estivesse dentro do espírito da Constituição perceberia que deve acatar as decisões da maioria por se tratar de uma Constituição democrática.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Delmiro Carreira para responder.

O Sr. Acácio Barreiros (UDP): - E às vezes armados

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr. Deputado Carlos Lage.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Sr. Presidente: Lamento ser extemporâneo, mas pedi a palavra para fazer um contraprotesto relativamente às afirmações do Sr. Deputada Barbosa de Melo.

Os meus camaradas do Panando Socialista invocaram nesta Assembleia as votações convergentes e a coligação objectiva existente na, Comissão de Trabalho do PSD e do CDS.

Vozes de protesto do PSD.

O Orador: - O PSD e o CDS têm declarado publicamente, entre outras coisas, que têm um acordo de consultas muitas parlamentares. O acordo funcionou na Comissão de Trabalho. Está em crise?

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - É falso.

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - De mentira em mentira, alguma coisa fica...

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Sabe quem disse isso, Sr. Deputado?

O Sr. Presidente: - Tem a: palavra o Sr. Deputado Sérvulo Correia, naturalmente para um contraprotesto.

O Sr. 5érvulo Correia (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Vou usar da palavra para um contraprotesto. É o segunda da minha bancada mas, como o mesmo se verificou com a bancada do Partido Socialista, pensa que o Sr. Presidente não mo negará.

Contraprotesto dizendo ao Sr. Deputado Carlos Lage que é bastante preferível um acordo público e muito claramente na base de consultas mútuas parlamentareis do que um acorda secreto...

O Sr. Anatólio Vasconcelos (PSD): - Muito bem!

O Orador: - ...mas realmente existente e denunciado em extenso artigo de um semanário que o Partido Socialista não negou. Esse acordo existia entre o Partido Socialista e outro partido desta Assembleia.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputada José Luís Nunes pede a palavra para que efeito?

O Sr. José Luís Nunes (.PS): - Era para um breve protesto, Sr. Presidente, em relação ao que o Sr. Deputado Sérvulo Correia acaba de dizer.

Gostaria de não ter de falar assim, mas aquilo que o Sr. Deputado acaba de dizer é uma pura e simples provocação.

O Sr. Anatólio Vasconcelos (PSD): - E esta!?

O Sr. Medro Roseta (PSD): - Quem diria...

O Orador: - Estou farto de ouvir determinado tipo de apartes. Mas, muito simplesmente, direi, que o que os meus camaradas afirmaram acabou de ser confirmado pela Sr. Deputado Sérvulo Correia, que considerou preferível, pura e simplesmente, a peste à cólera. Nós recusamo-nos, coerentemente, a escolher entre a peste e a cólera. Não temos nenhum pacto secreto com qualquer partido que seja, mas a técnica é a de Salazar.

Aplausos do PS.

Risos do PSD e CDS.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Sérvulo Correia pediu a palavra para que efeito?

O Sr. 5érvulo Correia (PSD): - Para dar uma explicação, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado

Vozes do PSD: - Muito bem!

Vozes de protesto do PS.

O Sr. Presidente, - Peço a atenção dos Srs. Deputados, pois não voltarei a dar a palavra para protestos