a Trás-os-Montes, como é impedida de lá chegar por meia dúzia de indivíduos, discípulos de Salazar e Caetano, que a todo o custo pretendem entravar a roda da história.
Se a estes factos juntarmos o clima de insegurança que se vive nos Açores s na Madeira, onde não estão asseguradas as mais elementares liberdades democráticas, e o protesto por parte desta Assembleia face ao feriado decretado pela Câmara de Rio Maior para comemoração da data da destruição da sede de um partido progressista, compreender-se-á perfeitamente a apreensão dos democratas face à escalada dos atentados às liberdades: por parte das forças reaccionárias. Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: A apresentação deste voto de protesto visa, por um lado, uma clara denúncia e um claro repúdio por parte desta Assembleia de factos que não só desprestigiam a jovem democracia portuguesa como atentam contra ela; visa, por outro, alertar as autoridades deste país para a necessidade de rapidamente se tomarem medidas contra estes bandos fascistas saudosos do 24 de Abril de 1974.
Aplausos do PS e do PCP.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Amândio de Azevedo.
Vozes do PSD: - Muito bem!
desafiamos quem quer que seja a demonstrar que o nosso partido, mesta como noutras zonas, não teve sempre a atitude séria e firme de permitir a liberdade plena de exercício da sua actividade a quaisquer forças políticas.
Vozes do PSD: - Muito bem!
O Orador: - Estão aí os factos a demonstrá-lo e era bom que de uma vez por todas o PCP não tentasse imputar aos outros aquilo que constitui a sua norma de actuação.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito para um contraprotesto.
O Sr. Carlos Brito (PCP):- Sr. Presidente:, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Um muito breve contraprotesto para dizer que, nas considerações desenvolvidas, em nome desta bancada, pelo meu camarada Jorge Lemos, não há, evidentemente, a mínima parcela de reprovação para as populações de Trás-os-Montes, dos Açores ou da Madeira.
O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - O Sr. Deputado não estava cá!
O Orador: - Mas, na verdade, é .importante sublinhar uma vez mais que factos como aqueles que são denunciados no voto de protesto apresentado à Assembleia estão-se a passar precisamente onde o PSD é maioritário.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Raul Rego.
O Sr. Raul Rego (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Partido Socialista associa-se ao voto de protesto apresentado pelo Partido Comunista contra as agressões verificadas em Mirandela a jornalistas no exercício da sua profissão.
Uma voz do CDS: - E não só!
O Orador: - Apresentaria a mesma proposta, fosse em que região fosse, e tenho protestado contra mas o que está em causa agora é Trás-os-Montes, é em particular o distrito de Bragança, e aí a reacção tripudia e manda como se fosse senhora, como se estivéssemos no salazarismo.
Aplausos do PS e PCP.
O Sr. Deputado Amândio de Azevedo falou de Chaves e eu de Chaves nada tenho que dizer, mas posso falar de Alfândega da Fé, onde o presidente da Câmara atacou o governador civil, quando lembrava que «está este concelho tentando sair do marasmo a que esteve votado durante vários anos, se não séculos, mas é preciso que haja alguém que conheça os nossos anseios». Ora na altura em que