base de um julgamento imparcial, sim senhor, achamos que a Assembleia pode mais tarde tomar outra posição e reconhecer que se enganou. Mas não temos dúvidas nenhumas de que se a Assembleia votar o nosso voto não se engana com certeza.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, continua a discussão do voto. Peço o favor dos Srs. Deputados para a matar síntese possível, pois temos muito que fazer.

Pausa.

Como mais ninguém pede a palavra, vai proceder-se à votação do voto de protesto e pesar apresentado pela UDP.

Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PS, PSD e CDS, abstenções do PCP e votos a favor da UDP e de um Deputado independente (Carmelinda Pereira).

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Numa Abecasis para uma declaração de voto.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Ferreira Júnior.

O Sr. Ferreira Júnior (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O PSD votou contra porque, confrontando com atenção tudo o que foi dito pelo Deputado da UDP e o que disseram em comunicado as autoridades policiais que estão em causa, fomos levados a conclusões que nos levaram exactamente a votar contra.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Barreiros.

Portanto é escusado levantar um processo judicial à polícia. Somos nós que vamos ser processados - e não temos dúvidas nenhumas de que é a polícia que vai ficar no banco do réus.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o SP. Deputado Nuno Abecasis.

O Sr. Nuno Abecasis (CDS): - Sr. Presidente, é para um ainda mais curto contraprotesto.

Não fomos eleitos como juizes, fomos eleitos como representantes do povo. Não nos cabe ouvir testemunhas. Isso pertence aos tribunais e não a esta Assembleia.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Severiano Falcão para uma declaração política.

O Sr. Severiano Falcão (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Nos últimos meses e, mais particular-

menite neste período, a Assembleia da República tem sido e coní-lmia a sar objecto da espec'al atenção dos

Portugueses, e também das profundas apreensões dos verdadeiros democratas e de iodos os trabalhadores, porquanto grande parte da sua actividade legislativa se tem centrado na discussão e aprovação acelerada de diplomas, destinados a dar cobertura legai a uma po'ít'ca de recuperação capitalista, agrária e imperialista.

No que dz .respeito à legislação -sobre o trabalho, trazido a esta Câmara pelo Governo ou pelo PS, e votada pelo partido do Governo e pelos partidos da direita, a regra é a de que cada diploma constitui u.m cuidadoso instrumento de faciilitação da recuperação capJtaALsta, tentando anular, retirar ou enfraquecer uma ou outra das grandes conqu atas dos .trabalhadores portugueses.