O Orador: - O senhor foi lá ter enganado, poio há duas cooperativas e foi ter connosco, mas eu tinha prazer em lhe mostrar como estávamos a trabalhar e gostava que o senhor lá fosse, pois a resposta está lá. Semeámos tudo e a produção está lá. Esse aumento de produção de que vocês tanto falam onde está? Onde está ele no Alentejo? Explique-me isso.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Victor Louro vai explicar.

O Orador: - Vou então explicar, pois a história ficou para trás.

O honram fez-se então PC, como o criado, e foram eles próprios que guardaram, no meto dia cooperativa, o terreno que aqui está desenhado em que ninguém tocou e ainda lá existe. Nós queríamos entrar em acordo com dês paira dês ficarem numa ponta da cooperativa, paira não ficarem a trabalhar no centro da cooperativa, porque nós fizémos a reserva na altura mais difícil, sem precisar de guardas nem polícia, embora fôssemos muitas vezes criticados porque nós sempre respeitámos o direito de reserva, fosse de quem fosse, e as provas estão lá. Se alguém tem dúvidas que vão lá ver.

Vozes do PS e CDS: - Muito bem!

O Orador - Posso ainda acrescenta? aqui mais casos que se passaram. O Sr. Baltasar, de Monte do Trigo, tinha uma herdade ocupada, mas como a afilhada estava no sindicato foi a própria afilhada que foi pedir ao Sr. Capitão Andrade e Silva para desocupar a herdade e a entregai ao padrinho.

Fazia-se já negócio com aquilo tudo.

Com o Sr. Carrapeto, da Vidigueira, passou-se o mesmo. As perguntas a pôr eram muitas...

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Sr. Presidente: Isto é um pedido de esclarecimento, ou o que é?

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, faça o favor de acabar.

E tenho mais dados, além das cartas anónimas que me têm mandado.

Aplausos do PS, PSD e CDS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, espero que tenha concluído mesmo.

Tem a palavra o Sr. Deputado Victor Louro para responder.

O Sr. Victor Louro (PCP): - Espero, Sr. Presidente, que seja para comigo tão benevolente como foi para com o Sr. Deputado Matias.

Não fosse a gravidade de algumas afirmações que fez e eu, simplesmente, não teria de lhe responder. Mas já agora aguente... aguente...

O Sr. Florêncio Matias(PS): - Também acho, Sr. Deputado.

O Orador: - Essa do patrão não é comigo, com certeza. O Sr. Álvaro Cunhal é o secretário-geral do PCP, a que eu me honro de pertencer há muitos anos, e não o meu patrão. Infelizmente ou felizmente, como quiser, não tenho patrão.

Uma voz do CDS: - É um profissional liberal!

O Orador: - Mas eu ainda gostaria de saber - e essas coisas mais tarde ou mais cedo vêm è superfície quem é o seu patrão.

Aplausos do PCP.

Eu dou de barato a denúncia que o Sr. Deputado Matias aqui fez...

O Sr. Florêncio Matias (PS): - Eu não estou esquecido do 25 de Novembro!

Vozes do PCP: - Cala-te, traidor!

O Sr. Presidente: - Por favor, Srs. Deputados, peço que sejam moderados e prudentes.

Faz o favor de continuar, Sr. Deputada Victor Louro.

Vozes do PS: - Não foi isso que ele disse...

O Orador: - Dou também de barato o que o Sr. Deputado disse, acerca do PCP foi para o Alentejo, porque quando o PCP foi para o Alentejo ainda o Sr. Deputado, se não me engano, não existia - a avaliar pela idade que julgo poder dar-lhe -, parque o PCP está no Alentejo há já muitos anos.

O Sr. Aboim Inglês (PCP): - Desde 21, desde 21.

Aplausos do PCP e protestos do PS.

O Orador: - Dou igualmente de barato a sua afirmação de que, sendo pequeno agricultor não sabe fazer mais nada, porque acaba de mostrar que já aprendeu muito.

Uma voz do PS: - Não é engenheiro, Sr. Deputado.

O Orador: - Quanto à sua ideia de que é contra as lavagens na cabeça, pelo facto de terem rejei-