O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - O Sr. Deputado Macedo Pereira é da sua opinião.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - É para um pequeno protesto, Sr. Presidente.

Em primeiro lugar, eu quero dizer ao Sr. Deputado da UDP que não entrance em discussões teóricas mas simplesmente lhe quero lembrar que a direita desta Câmara e a direita mais reaccionário lá fora lhe agradecem sinceramente as suas intervenções quando as faz no estilo da que fez há pouco.

O Sr. Acácio Barreiros (UDP): - Ora agradecem nas é a vocês! A mim é que agradecem? Essa é boa.

O Orador: - Em segundo lugar, queria manifestar a minha estranheza ao Sr. Deputado Amaro dia Costa, que não ao CDS, pelas afirmações que fez e que poderiam levar a pensar que o Sr. Deputado Amaro da Costa, que não ao CDS, pelas afirmações que fez e que poderiam levar a pensar que o Sr. Deputado Amaro da Costa pretendia coarctar o direito a qualquer dos Deputados desta Câmara de considerar contra revolucionárias, ou revolucionária, ou simplesmente neutras, esta ou aquela lei, estes ou aqueles conjuntos de leis.

O Sr. Carlos Robalo (CDS):-Não é asso, Sr. Deputado!

O Orador: - Sr. Deputado, nós afirmamos aqui, lá fará, a si, pessoalmente, ou a quem quer que seja, que consideramos as leis que são contra-revolucionárias como contra-revolucionárias e consideramos aquelas que são revolucionárias e positivas para o povo português como tais. E que não aceitámos que ninguém nos o impeça de o dizer.

O Sr. Muno Abecasis (CDS): - O País não quis a sua revolução. Que chatice.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Amaro da Costa.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Eu queria dar apenas um simples esclarecimento ao Sr. Deputado Veiga de Oliveira, até porque ele se me dirigiu pessoalmente. Esse esclarecimento é o seguinte: seria eu a última pessoa a pretender que,, de alguma forma, qualquer dos Srs. Deputados dessa bancada se sentisse imitado no uso d palavra. Seria eu a última pessoa a pensar que nessa bancada se pudesse imaginar que uma pergunta de esclarecimento veiculasse qualquer tentativa no sentido de limitar ou coarctar a expressão do pensamento do Partido Comunista e, nomeadamente, do Sr. Deputado Carlos Carvalhas.

Dou este escurecimento ao Sr. Deputado Veiga de Oliveira, sabendo de antemão que ele é desnecessário, mas acentuando a esse propósito que reinsisti na pergunta sem contestar naturalmente o direito do Partido Comunista considerar contra-revolução legislativa o que bem entenda...

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Muito bem!

O Orador: - ... mas querendo perceber o significado exacto que os Srs. Deputados, e em particular o Sr. Deputado Carlos Carvalhas, dá a essa expressão o significado que lhe confere, e devo dizer-lhe, infelizmente, não me satisfez.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Já foi explicado.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Sousa Manques.

O Sr. Sousa Marques (POP):- Sr. Presidente, Srs. Deputados: É muito rápido: nós desta bancada ouvimos claramente dizer que o partido a que eu pertenço e a que todos nos desta bancada pertencemos é um partido contra natura, de assaltantes e gangsters. protestamos veementemente contra estas afirmações e solicitamos ao Sr. Presidente que tenha atenção a afirmações como estais, que são altamente ofensivas para um partido democrático e nacional como o nosso.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Sousa Marques fará o favor de me informar qual foi o Deputado que nesta Câmara chamou ao seu partido um partido de gangsters.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Sr. Presidente, eu agradecia-lhe que não insistisse com essa pergunta, na medida em que eu espero que não se tome nesta Casa a ouvir afirmações dessas.

Além disso, a gravação da sessão dirá, com certeza, o que se passou.

O Sr. Presidente: - Eu estava a perguntar a V. Ex.ª, com muita clareza, que me informasse quem foi o Sr. Deputado que, hoje, nesta sessão, afirmou que o seu partido era um partido de gangsters. O Sr. Deputado fará o favor de (responder se quiser responder; se não quiser, não responde. Não deseja responder?

O Sr. Presidente: - Fica ao critério de V. Ex.ª, mas se alguém me chamasse gangster eu gostada que me dissesse na cara. Mas é com VV. Ex.ªs, se entendem que não é assim...