João José Magalhães Ferreira Pulido de Almeida.

João da Silva Mendes.

José Cunha Simões.

José Manuel Macedo Pereira.

José Vicente de Jesus de Carvalho Cardoso.

Luís Esteves Ramires.

Manuel António de Almeida de Azevedo e Vasconcelos.

Maria José Paulo Sampaio.

Narana Sinai Coissoró.

Rui Eduardo Ferreira Rodrigues Pena.

Rui Fausto Fernandes Marrana.

Vítor Afonso Pinto da Cruz.

Partido Comunista Português (PCP)

Álvaro Augusto Veiga de Oliveira.

António Joaquim Navalha Garcia.

António Luís Mendonça de Freitas Monteiro.

António Marques Matos Zuzarte.

Carlos Alfredo de Brito.

Carlos Hahnemann Saavedra de Aboim Inglês.

Custódio Jacinto Gingão.

Ercília Carreira Pimenta Talhadas.

Fernando de Almeida Sousa Marques.

Francisco Miguel Duarte.

Georgete de Oliveira Ferreira.

Hermenegilda Rosa Camolas Pacheco Pereira.

Jaime dos Santos Serra.

Jerónimo Carvalho de Sousa.

Jorge do Carmo da Silva Leite.

Jorge Manuel Abreu de Lemos.

José Manuel da Costa Carreira Marques.

José Manuel Maia Nunes de Almeida.

José Manuel Paiva Jara.

José Rodrigues Vitoriano.

Manuel Duarte Gomes.

Manuel Gonçalves.

Manuel Mendes Nobre de Gusmão.

Manuel do Rosário Moita.

Maria Alda Barbosa Nogueira.

Raul Luís Rodrigues.

Severiano Pedro Falcão.

Vital Martins Moreira.

União Democrática Popular (UDP)

Acácio Manuel de Frias Barreiros.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 166 Srs. Deputados.

Temos quórum, pelo que declaro aberta a sessão.

Eram 15 horas e 20 minutos.

O Sr. Acácio Barreiros (UDP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Subo a esta tribuna para vos falar de uma região de Portugal onde o 25 de Abril quase não chegou.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - O Alentejo.

O Orador: - Falo-vos da região, do Douro, da região das grandes quintas, da região do vinho do Porto. Esta é, na verdade, uma terra extremamente rica; é, como toda a gente sabe - vem na História de Portugal -, uma terra de grande produção de vinho do Porto, um dos produtos portugueses de melhor exportação; é uma terra onde, durante séculos, milhões e milhões de contos de riqueza foram produzidos, acontecendo, todavia, que, o seu povo, de quem a História não fala e de quem não falam os ministros, sempre viveu, e cada vez mais, na miséria e agora, três anos após o 25 de Abril, na miséria continua.

A região do Douro é de facto uma região extremamente, rica, mas extremamente rica para os ingleses e para meia dúzia de famílias portuguesas que constituem as grandes fortunas de Portugal. Foi lá que nasceu a riqueza da família Sommer. É lá que dois dos senhores Champallimaud ainda têm uma quinta, intocável. É lá que a família Quina e outras famílias monopolistas ainda possuem uma grande base de riqueza, riqueza que todos os anos sai dos braços dos trabalhadores e que entra para os bolsos e cofres desses senhores, bem como para os cofres da Inglaterra.

O Sr. Montalvão Machado (PSD): - E não só.

O Orador: - Essa região tem uma casa agrícola, a Casa do Douro, casa essa que devia pertencer à maioria dos agricultores, isto é, aos pequenos e médios agricultores, mas que pertence a essa meia dúzia de famílias e aos ingleses...

O Sr. António Lacerda (PSD): - Não apoiado!

O Orador: ... .... casa essa que, ao distribuir os benefícios, entrega aos grandes senhores os grandes benefícios, os milhares e milhares de pipas de benefício, deixando os pequenos e médios agricultores, que têm tão bom vinho como os outros, praticamente sem qualquer pipa de benefício, sujeitando-os, a t~ de vender o seu vinho aos grandes senhores, pois é evidente que, a Casa do Douro entrega mais pipas de benefício aos grandes senhores do que aquelas que eles na realidade produzem. Um exem-