do ensino superior e, em particular, das Universidades e da investigação cientifica.
O PPD espera e confia em que temas como estes - e tantos outros indispensáveis à instauração de uma nova cultura - serão desde já tomados em mão pelo Governo, com audácia, e não retardadas em nome de dificuldades práticas com que se costuma esgrimir quando se vacila na firmeza das próprias convicções.
Vozes do PPD: - Muito bem!
O Orador: - Se estivermos de acordo no essencial entendimento da cultura, então, e em terceiro lugar, também o Sr. Ministro da Defesa, esperamos, estará de acordo em se fazer eco, junto das instâncias militares, do desejo do meu partido de que a educação militar deixe, por uma vez, de ser o compartimento estanque e dissociado da sociedade civil que foi até hoje, e passe a participar, de forma integrada, no ensino e na cultura do povo português.
Vozes do PPD: - Muito bem!
O Orador: - No mistificado slogan «unidade do povo com as forças armadas» uma ideia frutuosa estava aí inserida: a de que o ideal educativo e cultural de uma sociedade democrática e em transição para o socialismo é também o de umas forças armadas novas e democratizadas; e que a tradição do ensino e cultura destas pode constituir um elemento precioso para a sociedade civil. Se assim for, então o ensino e a cultura militares deverão sair do seu regime clausural e aristocrático tradicional, sem prejuízo da sua especialização, sem perda dos seus valores específicos, sem quebra da sua disciplina e das suas regras próprias.
Vozes do PPD: - Muito bem!
definido por qualquer cartilha, mas como tarefa que se vai realizando em cada dia, na consecução de valores que são os da pessoa humana. Teremos concordado em que podemos disputar sobre a organização económica ou o destino das classes na futura sociedade socialista sem que por isso tenhamos de mutuamente nos crismarmos de falsos socialistas. Teremos concordado, sobretudo, em que o objectivo supremo do socialismo democrático é o humano individual, a livre realização de cada homem que vem a este mundo.
Vozes do PPD:-Muito bem!
O Orador - Será isto uma apreciação do Programa do Governo constitucional? Julgo que ninguém se atreverá a negá-lo, sendo por si evidente que análises deste tipo, conseguidas ou malogradas, podem servir para congregar milhões de portugueses na tarefa imensa de reconstruir uma terra onde cada um possa viver em liberdade e dignidade.
Aplausos dos Deputados do PPD e do PS.
Vozes do PPD: - Muito bem!
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro das Finanças.
elementos sobre o assunto.
Preza, porém, o Governo a oportunidade que tais reparos lhe propiciam para a abordagem do tema.
Ficam, deste modo, mais clarificadas as determinantes da nossa preocupação de austeridade e das medidas destinadas a assegurar a estabilização financeira, como suporte indispensável da recuperação económica.
É geral a crise da sociedade portuguesa.
Não poderiam encerrar-se sem sacrifícios meio milénio de império, meio século de ditadura e quase meio lustre de profunda instabilidade política e social.
Estamos a sofrer as sequelas da viragem simultânea dessas páginas históricas.
Talvez nenhuma geração anterior de portugueses tenha defrontado mais rudes problemas.
Porém, na estreiteza do tempo e no âmbito da função, apenas me cabe referir, rapidamente, a grave crise financeira que atormenta o nosso país.
É importante realçar algumas das suas linhas.
Andamos, em regra, alheados dos números que expressam a situação da vida nacional no plano económico-financeiro.
Daí alguns perigosos equívocos.