bleias selvagens, a seguir dá o aval a um plenário de cidadãos eleitores nas mesmas para decidir sequer ou não uma assembleia de freguesia. Nós consideramos que esta contradição é perfeitamente clara, e, quanto a nós, revela, pelo menos, pouca inteligência.

O Sr. Presidente: - Pediu a palavra, Sr. Deputado Arnaut?

O Sr. António Arnaut (PS): - Sr. Presidente: Pedi efectivamente a palavra, mas creio que já estarei ultrapassado pelo decorrer do debate. Era apenas para me permitir, com a devida vénia, fazer uma sugestão à Mesa, designadamente à Sr.ª Secretária.

Sem prejuízo da discussão ser em conjunto, como V.Ex.ª já anunciou e como é prática corrente da Assembleia, creio que a Sr.ª Secretária na leitura das propostas devia ordená-las e classificá-las como manda o Regimento, designadamente o artigo 153.º

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Apoiado!

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr.ª Secretária, responda ao cumprimento

A Sr.ª Secretária (Amélia de Azevedo): - Sr. Detado Arnaut: Eu quis, efectivamente, ordená-las como manda o Regimento, e por isso mesmo é que apre-

sentei em primeiro lugar a proposta de eliminação. Depois foi feita a sugestão de que fossem apresentadas e lidas todas em conjunto e que fossem postas todas

à discussão. E é o que estamos a fazer. Ainda não estamos no momento da votação.

O Sr. António Arnaut (PS): - Muito obrigado. Só que as propostas não foram classificadas. Foi uma tentativa de ajudar a Meca, não foi uma crítica.

O Sr. Presidente: - Com certeza. Eu até lhe chamei cumprimento.

Vamos então à primeira proposta.

Vamos reler a proposta de emenda do Sr. Deputado Coissoró ao n.º 2, para que fiquem bem esclarecidos do ponto em que nos encontramos.

Foi lido de novo.

O Sr. Presidente: - Está em debate.

Tem a palavra o Sr. Deputado Amaro da Costa.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em primeiro lugar, queria sublinhar o facto de neste momento não se encontras presente na Câmara nenhum membro do Governo, pelo que não estamos em condições de ajuizar qual é o pensamento do Governo acerca das diferentes propostas que estão a ser discutidas e que vão ser votadas.

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Orador: - É evidente que não me parece prática correcta a de se irem introduzindo ou discutindo propostas de alteração dos diplomas publicados pelo Governo sim que o mesmo exprimia os seus próprios pontos diz vista diante dia Assembleia, como é seu direito fazer, e, julgamos nós, seria seu dever também.

Neste momento, e não estando presente um representante do Governo, eu quereria, no entanto, sublinhar que perante a nossa proposta no sentido da redução de 300 para o número 100, como limite para a constituição de plenários em freguesias, seria importante, todavia, conhecer quais são os argumentos daqueles que pensam que tal não deve acorrer. Efectivamente, o Sr. Deputado Acácio Barreiros já se pronunciou neste sentido, mas seria importante saber quais são os argumentos dos outros grupos parlamentares sabre esta matéria, dado que, infelizmente, não podemos dispor do contributo do Governo.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Numes.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Havia em Santarém um relógio chamado «relógio cabaceiro» que repetia constantemente as horas.

O Governo não pede ser como a «relógio cabaceiro» e estar sempre a repetir argumentos que já utilizou, máxime, neste assunto.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Acontece também, e nomeadamente, que neste momento está a decorrer um Conselho de Ministros extraordinário onde estão presentes todos os Ministros, e que me perdoe o Sr. Deputado Amaro da Gosta, mas o Governo, que é operacional, não lhe foi possível evidentemente ter aqui uma pessoa que gostosamente renovasse ou repetisse os argumentos que já usou em defesa dos seus pontos de vista.

Quanto à afirmação que fez de desejar que nós e outros grupos parlamentares emitissem a sua opinião, eu dir-lhe-ei que aquilo que disse a respeito do Governo aplica-se também aos restantes grupos parlamentares e que não é nossa intenção estar a debater exaustivamente na especialidade todos os assuntos que já intensamente e em concreto debatemos na discussão na generalidade.

O nosso silêncio, vem daí e funda-se em que as objecções postas pelo CDS, não obstante doutras certamente, não nos convenceram.

O Sr. Rui hena (CDS): - Posso pedir um esclarecimento?

O Sr. Presidente: - Com certeza.