informado há pouco pela imprensa de que o assunto se encontra normalizado.
Vozes de protesto do PS.
Só um momento, por favor.
No entanto, quedo dizer-lhes que, enquanto não foi normalizado e os barcos estiveram ato mar sem descarregamento, milharas de frangos e galinhas morreram, assim como de outras espécies avícolas.
Quero também frisar que não é política correcta, do Governo, nem solução, obrigar as firmas produtoras d.e rações ta ter em armazém stocks para um mês de produção, visto que nem tão-pouco elas se encontram com o capital necessário para ter stocks para esse mês.
E é tudo o que tenho a responder sobre este ponto.
O País devia ser feito através de cooperativas e da mentalização dos agricultores. O que fez já S. Ex.ª para isso?
Que apoio deu às cooperativas das Beiras, que continuam sem o crédito bancário e sem subsídios? Que estão sem saber como pagar o que devem dos anos transactos e como fazer abonos aos associados pela presente colheita?
Os lavradores do Centro e Norte não precisam de ser mentalizados é velha pecha que vem do gonçalvismo e continua nos seus sequazes.
Dê-se-lhes o que se lhes deve, faça-se-lhes justiça, que eles nada mais querem nem precisam.
E porque se não deixam mentalizar na asneira e no suicídio é que os chamam reaccionários e despolitizados, quando a sua reacção é contra a anarquia no trabalho e na produção e a sina política é a do trabalho honesto e profícuo.
Olhe-se com realidade para o estado a que deixaram chegar a economia nacional e deixem-nos de vãos devaneios. Sem uma economia sã e próspera não é possível pôr travão a este estado de coisas.
Deixemos a política para depois e corramos a salvar a economia do País, porque só assim salvaremos Portugal e a sua independência.
Aplausos do CDS.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Herlânder Estrela para um pedido de esclarecimento.
sua aceitação.
Tendo o Sr. Primeiro-Ministro exposto, de uma forma objectiva, com números, a existência no que respeita a esse dado económico e que serve com tanta facilidade manipulação política:, eu perguntava ao Sr. Deputado que tipo de dúvidas tem em relação às disponibilidades de ouro, do Banco de Portugal ou, em especial, do País.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado poderá responder a todos os interpelantes de uma só vez ou, então, um por um, se preferir.
O Sr. Faria de Almeida (CDS): - Respondo já.
Sr. Deputado: Quanto à sua primeira pergunta, sobre a catástrofe da falta de milho, tenho a dizer que fui
Uma voz do PS: - Claro!
O Sr. Vítor Louro (PCP): - Dá-me licença, Sr. Presidente?
O Sr. Presidente: - Vamos esclarecer uma coisa: o Sr. Deputado Vítor Louro pede a palavra paca um esclarecimento ou é para fazer uma intervenção?
O Sr. Vítor Louro (PCP): - Eu pedia palavra para esclarecimentos, Sr. Presidente, e estou inscrito para uma intervenção.
O Sr. Presidente- - A minha dúvida era se V. Ex.ª teria pedido a palavra, primeiro do que os outros interpelantes.
O Sr. Vítor Louro ,(PCP): - Não faço questão, Sr. Presidente.
E, de todo o modo, o Sr. Deputado ainda não terminou a sua resposta ao nosso colega do PS.
O Sr. Presidente: - Eu tinha entendido que sim.
O Sr. Faria de Almeida (CDS): - Ainda não terminei, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Então, queira desculpar e faça favor de continuar, Sr. Deputado.
O Sr. Faria de Almeida (CDS): - Quanto às reservas ele ouro que ainda possamos possuir, tenho a dizer ao Sr. Deputado que desde a apresentação do Programa do Governo até hoje muitas coisas aconteceram. E, além disso, não deve ter ouvido bem o que eu disse, porque eu faço é uma pergunta, que volto a repetir, para que não fiquem dúvidas: "tudo devido à falta de planificação, quer nas sementes, quer no cultivo" o que me parece que é absolutamente verdade -, "quer ainda, na produção de carne". Se assim continuarmos, vamos de mal "pior e acabamos por não ter ouro para hipotecar, se é que ainda o há.
É esta a resposta que tenho a dar.
Risos do PS.