cação e era exactamente sobre isso que eu queria ainda perguntar-lhe se considera que para existir essa eficiência- e essa qualidade de ensino são imprescindíveis os métodos que estão a ser utilizados pelo actual Ministro da Educação, recusando todo e qualquer diálogo com os estudantes, com os professores e com as suas estruturas representativas eleitas - conselhos de gestão, associações de estudantes e Sindicato dos Professores.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra, para responder, a Sr.ª Deputada Teresa Ambrósio.
Uma voz do PS: - Muito bem!
agora, nem e coisa que muito provavelmente nós venhamos a fazer nos próximos dois ou três anos.
O Sr. Presidente: - Tem também a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Nuno Abecasis
A Oradora: - Sr. Presidente, eu ainda não acabei de responder à Sr.ª Deputada Zita Seabra.
O Sr. Presidente: - Pareceu-me que já tinha acabado. De qualquer maneira deve abreviar, porque o seu tempo de intervenção está a esgotar-se.
A Oradora: - Relativamente à audição de alunos e quaisquer outros grupos realmente interessados no ensino eu concordo que eles tenham essa audiência por parte do Ministério, mas ela deve vir pelas estruturas e pelas organizações reconhecidas e competentes. Eu recordo, por exemplo, que, relativamente à própria reorganização e reforma do sistema escolar, está garantida. a representação não só de sindicatos, de alunos, bem como das organizações económicas, quando traçam os grandes planos de execução das políticas ministeriais consagradas nos próximos planos.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno, Abecasis.
O Sr. Nuno Abecasis (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Antes de mais nada, eu queria agradecer à Sr.ª Deputada Teresa Ambrósio a referencia que fez ao texto e ao contexto da minha exposição de há dias, quando me referi a "uma experiência desastrosa e frustrante.
Queria só recordar-lhe que eu não a limitei no tempo, tive o cuidado de não o fazer, e não o fiz por uma razão muito simples e que vai dar origem ao pedido de esclarecimento que lhe vou fazer a seguir.
É que eu entendo que o problema da educação num país é de tal forma importante e condiciona de tal modo todos os outros problemas que dizem respeito ao povo que não sou capaz de pensar num sistema de educação que não seja uma sistema largamente participado. Por isso, não limitei no tempo a minha referência à "experiência desastrosa e frustrante".
Desde que me conheço, nunca vi em Portugal um sistema de ensino realmente participado.
Esta a primeira parte da minha exposição neste momento.
Pareceu-me ter ouvido a Sr.ª Deputada dizer que o Ministério da Educação actuaria independentemente de pais, professores e alunos.
Eu gostaria de lhe perguntar se não quer dizer "de costas voltadas", porque se isso significar o que eu não acredito- "de costas voltadas" para pais, professores e alunos, então teríamos de concluir da nossa "experiência" desastrosa e frustrante. ia continuar. Daí que eu e o meu grupo parlamentar tenhamos advogado fortemente - e também o fiz na minha exposição de há dias - que associações de pais, alunos, e associações sindicais, de preferência de professores, devem ter uma participação, :pelo menos a um nível de audição, a um nível de opinião e, sempre que se justifique, a um nível de decisão. Isto porque me parece que há-de ser desta mobilização geral em torno de um problema desta importância- que, de facto, conseguiremos romper a crise 'de ignorância que não permite nenhum povo subir a níveis de vida elevados.
O Sr. Presidente: - Queira fazer a pergunta, Sr. Deputado.
O Orador: - Já a fiz, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Peço ao Sr. vice-presidente Nuno Rodrigues dos Santos o obséquio de me substituir.