da ONU consagrada ao desarmamento seria um passo nesta direcção.

A presente Conferência convida todos os partidos e organizações e todo; os povos a concertarem os seus esforços num movimento de massas conjunto pela aplicação das numerosas inicia4ivaó e propostas acordadas por todos as participantes a favor do fim da corrida aos armamentos, do desarmamento e do desanuviamento.

Do relatório da mesa-redonda dos parlamentares destacarei ter-se, concluído pela conveniência de incrementar os encontros bilaterais e multilaterais e as reuniões de deputados dos vários países, com vista à discussão de temas de paz, de desarmamento e de cooperação, reforçando a confiança mútua e os conhecimentos mútuos sobre as questões da paz, e a conveniência de preparar as estruturas para um parlamento de toda a Europa; foi ainda sugerida a reunião de uma conferência mundial de parlamentares a favor do desarmamento.

Gostaria ainda - como trampolim para o segundo ponto desta minha intervenção- de referir a última dam conclusões expressas pela 4.n Comissão:

É preciso alertar a opinião pública. sobre a situação em que se encontram todos aqueles que são vítimas do colonialismo, do neocolonialismo ou de regimes de repressão, a fim de alargar e reforçar a seu favor a solidariedade internacional.

Concretamente, quero aqui chamar a vossa atenção, Srs. Deputados, para a situação em que se encontram os povos da Rodésia, da Namíbia e da África do Sul, vítimas do imperialismo capitalista e de regimes racistas tirânicos e violentos.

A esta Assembleia Parlamentar de um país livre não pode ser indiferente o que se passa na África Austral, onde milhões de homens, vítimas do desumano e criminoso sistema de apartheid, lutam e morrem pela

sua libertação nacional.

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Muito bem!

O Orador: - Aliás, estão aí em causa não só a dignidade humana e a liberdade, mas a própria paz mundial.

Vozes d(r) PS: - Muito bem!

er parte do Mundo se reflectem de pronto a favor dos fascistas portugueses (meramente atordoados) e, de todo o modo, sempre atrasam a construção do socialismo que o povo português livremente decidiu.

Porque sou socialista. e porque, por sinal, temos um governo constitucional socialista, entendo terminar com a transcrição da parte final dos princípios gerais que o Programa do meu partido consigna quanto a uma "política. internacional ao serviço da paz":

Na certeza, de que a solidariedade humana envolve todos os povos, o PS procurará a colaboração de todos eles na luta pela construção da sociedade socialista universal. Em especial, serão estabelecidos e reforçados laços de estreita camaradagem com todas as forças progressistas que no Mundo lutam contra o capitalismo, o colonialismo e o imperialismo.

Aplausos do PS e PCP.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Carlos Cardal excedeu em três minutos o seu tempo regimental, apesar da recomendação, que lhe foi feita. Não o interrompi porque o orador anteriormente tinha igualmente violado esta norma regimental. Não quis, pois, colocar o Sr. Deputado Carlos Candal numa situação

de desigualdade. Par outro fado, estávamos a chegar

ao termo do período de antes da ordem do dia e já não havia possibilidade de qualquer outra colega intervir. Furam estas duas razões que me levaram a não intervir, pois, de, contrário, tê-lo-ia feito. Verifico, assim, que es persistentes recomendações que faço não têm oco nesta Assembleia. Espero que os partidos colegas cumpram, de futuro, o articulado do Regimento, não só quanto ao tempo como também quanto às demais normas aplicáveis.

O Sr. Deputado Acácio Barreiros pediu a palavra, certamente para pedidos de esclarecimento. Fica para amanhã, assim como o Sr. Deputado Ângelo Carreia. Peço aos Srs. Secretários que anotem as inscrições para este. efeito.

Estamos, pais, no tempo do período de antes da anuem do dia, que eu, por minha iniciativa e alvedrio, não posso prolongar.