A luta dos povos pela independência económica é dirigida contra as duas superpotências, contra os monopólios dos Estados imperialistas e contra as multinacionais.

A União Democrática Popular, como força consequentemente revolucionária, assume o dever de intensificar a luta do pomo português contra as duas superpotências e a burguesia monopolista reaccionária europeia.

A UDP defenderá o estreitamento de relações com os povos do Terceiro Mundo na sua luta pela libertação e pela independência nacional, ligando a luta do povo português à luta mais geral dos povos do mundo inteiro, contra as superpotências, na sua rivalidade pela hegemonia e nova partilha do Mundo.

A UDP combaterá, com toda a firmeza, a tendência de se apoiar numa superpotência para combater a outra. As duas superpotências constituem o mesmo perigo.

A UDP continuará a lutar pela aliança do povo português com todos os trabalhadores da Europa.

Os acordos entre a burguesia europeia nada têm a ver com as aspirações dos povos dos países europeus na sua luta pelo socialismo.

O Conselho da Europa, não sendo mais do que um acordo (provisório, evidentemente) entre a burguesia dos países europeus, nada dem -a ver com os problemas R,& do novo povo, que cada vez mais se, levanta contra as medidas antipopulares do Governo que nos quer atredar, ainda mais, aos interesses reaccionários da burguesia monopolista da Europa.

A UDP opõe-se à entrada de Portugal para o Conselho da Europa; exige, também, a saída de Portugal da NATO e opõe-se à aproximação com o Pacto de Varsóvia, como pretende o Dr. Cunhal. Assim, defenderemos consequentemente a independência nacional.

A UDP diz ao povo trabalhador que temos de prosseguir e lutar por pôr de pé um Governo do 25 de Abril do povo que não venda o nosso país, nem aos Russos, nem aos Americanos. Essa é a grande contribuição do nosso povo para a paz mundial e pelo esmagamento das tendências belicistas das duas superpotências que nos querem levar para a I Guerra Mundial.

A UDP, finalmente, declara que um Governo do 25 de Abril do povo não levará ao isolamento do nosso país. Pelo contrário, defenderá as relações com todos os países, mas essas redacções terão de ser estabelecidas na base de igualdade e interesse, recíprocos, no respeito integral, pela nossa independência.

Que, um pequeno país situado na Europa pode seguir esta política de independência nacional prova-o a República Popular da Albânia, farol do socialismo na Europa.

Também o povo português na sua luta contra o fascismo, contra o imperialismo, conseguirá ser dono dos seus, próprios destinos. Disso estamos absolutamente seguros.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Pedro Roseta, que não estava presente quando foi chamado, deseja intervir, não é verdade?

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então, antes da sua intervenção, o Sr. Deputado Sérvulo Correia tem a palavra para pedir esclarecimentos.

dê força para se opor aos imperialismos?

O Sr. Presidente: - Queira responder, Sr. Deputado Acácio Barreiros, a não ser que prefira aguardar a interpelação do Sr. Deputado José Luís Nunes.

O Sr. Acácio Barreiros (UDP): - Aguardo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Nunes.

definitiva, se a UDP daria apoio à entrada de Portugal?

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Barreiros.