sentação legal, que é o Conselho da Redacção. O Sr. Deputado José Luís Nunes quer aqui misturar as coisas para estabelecer a confusão, misturar a minha referência ao Conselho da Redacção - trabalhadores eleitos pelos trabalhadores, legalmente representantes dos trabalhadores- em .relação à circunstância de, como lhe cumpria, os autores do acto de demissão do administrador :não terem ouvido esses representantes. Ouvir esses representantes é ouvir os trabalhadoras. Não os ouvir é .não ouvir os trabalhadores.

O Sr. Presidente: - Tem apalavra o Sr. Deputado José Luís Nunes, suponho que para um contraprotesto.

O Sr. José Laís Nunes (PS): - Sr. Presidentes Srs. Deputados: Eu não peço a palavra para um contraprotesto, porque quero dizer que me são soberanamente indiferentes todos os protestos que aqui se façam àquilo que eu digo.

Protestos do PSD.

O Sr. Nandim de Carvalho (PSD): - Então para que é que usa da palavra?

O Orador: - Peço a palavra ao abrigo do Regimento para ...

O Sr. Presidente: - Eu precisava saber, ora primeiro lugar, para que é que o Sr. Deputado José Luís Nunes pediu a palavra.

O Orador: - Para dar um esclarecimento.

O Sr. Costa Andrade (PSD): -.Não lhe foi pedido.

O Sr. Presidente: - Ninguém lho pediu.

O Orador:- Sr. Presidente: A faculdade de dar um esclarecimento é minha. Eu é que quero dar.

O Sr. Presidente: - E eu estou no meu direito de dizer ao Sr. Deputado José Luís Nunes que ninguém lhe pediu um esclarecimento. Somente o Sr. Deputado Costa Andrade pediu a palavra para esse efeito.

Tenha a bondade Sr. Deputado Costa Andrade.

O Sr. Costa Andrade (PSD): - Sr. Presidente: Eu ouvi a intervenção do Sr. Deputado José Luís Nunes, intervenção essa que deixou alguns pontos obseuros, sobretudo um. Mas não posso deixar de considerar extremamente cómica e extremamente trágica esta intervenção comparada com outras que o Sr. Deputado, em circunstâncias análogas, aqui - bem produzido. O Ser. Deputado é positivamente um rejeitado pela vocação trágica.

O Sr. (Presidente: - O Sr. Deputado faça favor de fazer a pergunta. Foi para osso que eu lhe concedi a palavra para interpelar o Sr. Deputado José Luís Nunes. Tenha a bondade de fazer a. pergunta concretamente.

O Orador: - Faço já, Sr. Presidente.

O Sr. .Deputado quis aqui uma vez morrer a cantar o hino nacional, mas não o conseguiu e a tragédia rejeitou-o.

Protestos do PS.

O Sr. ,Presidente: - Não pode ser, Sr. Deputado.

O Orador: - É um preâmbulo à pergunta, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente:- Eu faço-lhe a justiça de estar convencido de que está a transgredir o Regimento.

O Sr. Deputado pediu a palavra para um esclarecimento e, .portanto, faça o seu pedido de esclarecimento e deixe o hino nacional em paz e outras coisas, e pergunte ao Sr. Deputado José Luís Nunes aquilo que entende dever perguntar.

O Orador: --É isso que eu vou fazer, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Não era isso que estava a fazer, mas que deverá fazer agora.

O Orador: - Simplesmente eu não posso fazer o pedido de esclarecimento sara fazer alguns considerandos.

O Orador:- Sr. Presidente: Terei oportunidade de fazer esse estilo de considerações e :espero de boa fé que o teor da intervenção do Sr. Presidente, quanto ao meu pedido de esclarecimento, valha em relação à resposta.

Quanto à pergunta, é, muito concretamente, a seguinte: ...

O Sr. Presidente: - É a pergunta que eu quero e não quero moas nada.

O Orador: - Exactamente!

Espero de boa fé que esse mesmo tipo de conduta valha em relação à resposta.

Protestos do PS.

Vozes do PSD:- Tenham calma!