trataria de outra coisa que não de uma simples e, infelizmente, frequente provocação.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Abecasis também para um pedido de esclarecimento.

O Sr. Nuno Abecasis (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado João Pulido: Foi com uma extrema emoção que eu ouvi a sua comunicação a esta Assembleia, como português que quer viver num país livre e digno; como cidadão que toda a sua vida respeitou as ideias, as convicções e os ideais de todos os outros cidadãos; como cristão que me quero afirmar nesta Assembleia, porque considero que a liberdade dos homens é um bem supremo e imprescindível para a sua suprema dignidade de homens.

Também eu li, emocionado, os relatos dos jornais e, no dia 3 de Janeiro, escrevi ao Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana a pedir informações que, infelizmente, ainda não recebi. E escrevi, como Deputado desta Assembleia, igualmente ao Sr. Bispo do Beja, e tenho na minha algibeira uma carta que confirma o que se passou.

Eu queria pedir ao Sr. Deputado João Pulido se me dava a honra de assinar comigo um requerimento que tenho aqui para entregar na Mesa desta Assembleia pedindo ao Ministro da Administração Interna que me faça chegar as informações que, por outra via, não quis obter.

O Sr. (Presidente: - O Sr. Deputado João Pulido responderá às duas perguntas que lhe foram feitas e não poderá responder ao Sr. Deputado Nuno Abecasis, pois não lhe formulou pergunta nenhuma.

O Sr. Nuno Abecasis (CDS): - Se o Sr. Presidente me dá licença, eu penso que formulei uma pergunta, que é a de se o Sr. Deputado João Pulido quer assinar comigo um requerimento que aqui tenho.

O Sr. Presidente: - Isso não é propriamente um pedido de esclarecimento. Mas tenha a bondade, Sr. Deputado João Pulido.

Vozes de protesto do PCP. Ex.ª que não deixasse de condenar os atentados criminosos que eu acabei de referir. É que, com efeito, quem for bem formado e tiver dignidade não pode colaborar nem concordar com actos sacrílegos e criminosos.

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Orador: - A segunda pergunta do Sr. Deputado Vital Moreira reportava-se ao seguinte: porque não tinha eu procurado informes além das notícias dos periódicos?

Se me consente, agradeço que tome como resposta aquele aditamento que, em resposta ao Sr. Deputado Sousa Marques, fiz na altura própria.

Mas diz também o Sr. Deputado Vital Moreira que os «rapazolas» nada têm a ver com o PCP. Não tenho elementos que me possam confirmar o «não». Dou por boas as afirmações feitas, mas eu e todo o povo, todos aqueles que leram o noticiário, ficaram sabendo que pela boca desse grupo, com entusiasmo, foram dados «vivas» ao PCP.

Que sejam dados «vivas» ao PCP ou a qualquer outro partido fora de um acto litúrgico, de um acto que, para os crentes, representa e simboliza essência do divino, estou de acordo. Mas, numa ocasião em que se celebrava o referido acto, só posso condenar esses «vivas», fossem dados a que partido fossem.

Portanto, não posso deixar de condenar a atitude que esses «rapazolas», dito pela notícia, tomaram.

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Muito bem!

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Orador: - Agora, se o Sr. Presidente me consente, responderia ao Sr. Engenheiro Nuno Abecasis.

O Sr. Engenheiro Nuno Abecasis convida-me a subscrever um requerimento que vai apresentar ao