componente dos salários? Ainda dentro deste domínio, queria perguntar ao Sr. Ministro Sousa Gomes que ideias tem o Governo, em concreto, acerca das suas relações próximas com os sindicatos e com as associações patronais em matéria de discussão de política económica conjuntural e de preços e rendimentos. Pensa o Governo em breve encetar o round de negociações com sindicatos e associações patronais sobre esta matéria ou pensa que neste momento não estarão criadas condições para o fazer?

Gostaria ainda de saber se o Governo tem consciência de que através destas medidas, nomeadamente através da contingentação das importações e da fixação da sobretaxa de 20% no imposto de transacções, fixou de certo modo um padrão de consumo para os portugueses. Se o Governo tem consciência disso, quais são os critérios fundamentais, em termos de liberdade individual do consumidor, que nortearam a fixação desse padrão?

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira, também, para pedir esclarecimentos.

istro que depois das considerações que fez pode garantir que, pelo menos, esta medida é respeitada ou pode manter-se como válida durante todo o ano de 1977 após o conjunto de medidas que o Governo tomou?

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados: Convido os representantes dos partidos e os responsáveis da Televisão para uma reunião no meu gabinete, pelo que a sessão é interrompida por meia hora.

Eram 17 horas e 30 minutos.

O Sr. Presidente: - Está reaberta a sessão.

Eram 18 horas e 35 minutos.

e de cumprirmos rigorosamente a Constituição e o nosso dever até ao fim.

Aplausos, de pé, da Assembleia e dos membros do Governo.

A linguagem das bombas só é própria de celerados e marginais da nossa sociedade.

Em nome desta Câmara apresento ao Sr. Deputado Freitas do Amaral e à sua família os meus melhores sentimentos de solidariedade.

Vamos retomar calmamente os nossos trabalhos. Venham as bombas do lado que vierem, nós estaremos no sítio próprio para as apanhar - oxalá que nunca seja-mos vítimas delas! Mas fiquem os bombistas a saber que não será com bombas que esta Câmara deixará, repito, de cumprir rigorosamente os seus devemos para com a Nação que a elegeu.

Tem a palavra o Sr. Ministro do Plano e da Coordenação Económica, para responder às perguntas que lhe foram feitas.

manter a esse nível. Estou de acordo com o Sr. Deputado de que haverá expressões numéricas, ao nível das quantificações feitas no Plano, que terão de ser corrigidas. Mas, e isto é importante sublinhar, o Plano não é um fetiche. Não é um novo ídolo ao qual este país tenha de se vincular cegamente e de qualquer forma. O Plano é um instrumento e foi apresentado justamente nessa óptica. De resto, é um instrumento privilegiado, porque permite a discussão democrática e participada e, portanto, os seus pressupostos, as suas conclusões, as suas metas e os seus objectivos podem ser o instrumento privilegiado da construção democrática da nossa sociedade futura.