Ex m.º Sr. Chefe de Gabinete do Sr. Ministro sem Pasta:
Pelo ofício n.º 456, de 15 de Fevereiro, foi transmitido a este Gabinete o requerimento apresentado na sessão da Assembleia da República de 8 de Fevereiro pelo Sr. Deputado José Oliveira Baptista.
Sobre o assunto incumbe-me o Sr. Ministro de prestar os esclarecimentos que se seguem:
Está-se consciente de que Tomar representa uma importante interface rodo-ferroviária para todo o tráfego de passageiros Lisboa-Centro (e vice-versa), e esse aspecto não deixará de ser considerado, na medida do possível, nas alterações futuras do horário do ramal.
Destes vinte e quatro comboios, dezoito têm ligação assegurada a Lisboa, havendo cinco que dão ligação directa, sem necessidade de transbordo no Entroncamento.
Conforme poderá deduzir-se do q" se expõe em 1, é intenção da CP, logo que tecnicamente lhe seja possível, incrementar a quantidade de circulações directas entre Lisboa-Tomar-Lisboa.
4 0 investimento realizado sobre o ramal de Tornar, tendo em vista a sua electrificação e, evidentemente, a sua operacionalidade, foi de 58266 contos, assim distribuídos:
Nestas verbas incluem-se as despesas suportadas com expropriações, trabalhos diversos de construção civil, sinalização e telecomunicações e também, evidentemente, os referentes à implantação da catenária.
Com os melhores cumprimentos.
0 Chefe de Gabinete, Manuel Mansilha.
Ex.mº O Sr. Presidente da Assembleia da República:
Solicitaram os Srs. Deputados Fernando de Almeida Sousa Marques e Jerónimo Carvalho de Sousa um esclarecimento sobre a situação nas minas do Lousal, aliás no seguimento de uma intervenção do principio na Assembleia da República.
Sendo a mina do Lousal explorada pela empresa Mines et Industries, S. A., a informação que em seguida se apresenta diz apenas respeito às acções que têm sido tomada a, nível governamental.
Pelo Decreto n.º 441/76, de 4 de Junho, foi constituída a Comissão para o Lançamento do Programa Integrado das Pirites. a qual apresentará ainda durante o ano de 1977 um estudo de viabilidade técnico-económica do aproveitamento das nossas pirites para extracção dos seus metais, o que permitirá ao Governo equacionar com bases seguras o necessário desenvolvimento mineiro das pirites de Aljustrel.
Relativamente à mina do Lousal, tem o Governo acompanhado, em diálogo com os representantes dos trabalhadores e com a administração da empresa, o encontrar de soluções para problemas pontuais e que não prejudiquem a resolução do problema de fundo.
No sentido de melhor avançar neste sentido foi constituído um grupo de trabalho, no âmbito da Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos, com representantes da Direcção-Geral, do Sindicato dos Mineiras do Sul, da administração de Mines et Industries, S. A., e da administração de Pirites Alentejanas, S A. R L, cujo relatório se aguarda para breve.
A solução para o futuro das minas e dos seus trabalhadores passa, pois, por uma análise global do aproveitamento das nossas pirites, sendo a participação dos trabalhadores tia definição dos problemas já um facto.
Refira-se ainda que algumas afirmações feitas na intervenção do Sr. Deputado Sousa Marques não são totalmente exactas. Assim, o primeiro contrato colectivo dos mineiros saiu em 30 de Julho de 1976 (Boletim do Ministério do Trabalho, n.º 14) e os salários dos mineiros do Lousal estão em dia, para o que contribuiu um empréstimo obtido através da Secretaria de Estado da População e Emprego.
Com os melhores cumprimentos.