solo. E será com essas liberdades que nós vamos prosseguir a nassa caminhada.

Mas a Constituição não é só unia Constituição de liberdades políticas. Não podia ser uma Constituição de liberdades políticas.

Muitas águas correram sob as pontes da história, arrastando os resíduos de um capitalismo argentário, do negocismo torpe - para usar á expressão de António Sérgio - de todas as malfeitorias e injustiças sociais. E os constituintes praticaram um acto louvável e que a história há-de registar com certeza, com elogio e compreensão.

Demos à nossa Constituição um tonas diferente que, como dizia há pouco Maurice Duverger, na visita que fez a esta Assembleia, "os senhores construíram, sem favor, a maior Constituição Política da República, a maior das Constituições de todo o Mundo, porque conseguiram inserir nela não só as conquistas da cidadania exemplar, como também esquematizaram dentro dela os grandes princípios motores da vossa ressurreição económica e so cial".

Porque esta Constituição, temos de o dizer e proclamar mais do que uma vez, e uma Constituição feita por trabalhadores portugueses, todos nós somos trabalhadores, e é, sobretudo, uma Constituição para felicidade do povo português e das suas classes trabalhadoras.

Eram estas palavras, muito simples, de encerramento que o Presidente da Assembleia da República entendia que devia dirigir a VV. Ex.ªs e ao povo português. Palavras muito sentidas, palavras que vêm do fundo da minha sensibilidade e do meu coração.

E queria, ao mesmo tempo, fazer um apelo à consciência de todos, os portugueses. Temos, efectivamente dentro de nós uma Constituição suficientemente clara e determinada. Vamos honrá-la com os nossos sac.rif1G105. Descreiam os reaccionários desta pátria de que alguma vez claudicaremos ou que ofenderemos a nossa Constituição. Quando os países entram na renúncia, entram no descrédito, entram no abandono, se frustram, o seu primeiro acto será exactamente esse, o de não respeitar a Constituição.

Meus Senhores, minhas Senhoras, Governo, Conselho da Revolução, altos magistrados, Corpo Diplomático, Sr. Cardeal Patriarca, Srs. Constituintes, Srs. Deputados: Viva Portugal? Viva a Constituição?

Aplausos gerais, coar roda a Assembleia e toda a assistência de pé.

A seguir, a Assembleia, acompanhada pela assistência, cantou o Hino Nacional.

O Sr. Presidente: - Está encerrada a sessão.

Eram 12 horas.

Deputados que faltaram á sessão.

Partida Sa-cpalis2a (PS)

Alfredo Pinto da Silva.

António Alberto Monteiro de Aguiar.

Beatriz Almeida Cal Brandão.

Fernando Jaime Pereira de Almeida.

Fernando Luís de Almeida Torres Marinho.

Francisco Alberto Pereira Ganhitas.

Francisco de Almeida Salgado Zenha.

Francisco Soares Mesquita Macedo

Joaquim Sousa Gomes Carneiro.

José Cândido Rodrigues Pimenta.

José Gomes Fernandes.

José Luís do Amaral Nunes.

Manuel Joaquim Paiva Pereira Pires.

Mário António da Mota Mesquita.

Mário Manuel Cal Brandão.

Rodolfo Alexandrino Suzano Crespo.

Partido Social-Democrata (PSD/PPD)

Álvaro Barros Marques de Figueiredo.

Amélia Cavaleiro Monteiro de Andrade de Azevedo.

Américo Natalino Pereira de Viveiros.

António Jorge Duarte Rebelo de Sousa.

António Moreira Barbosa de Melo.

José Angelo Ferreira Correia.

Luís Fernando Cardoso Nandim de Carvalho.

Rui Manuel Parente Chancerelle de Machete.

Centro Democrático Social (CDS)

Adelino Manuel Lopes Amaro da Costa.

Álvaro Dias de Sousa Ribeiro.

António Simões Costa.

Eugénio Maria Nunes Anacoreta Correia.

João Carlos Filomeno Malhó da Fonseca.

José Manuel Cabral Fernandes.

Luís Aníbal d..- Sá de Azevedo Coutinho.

Vítor Afonso Pinto da Cruz

Partido Comunista Português (PCP)

Cândido Matas Gago.

Victor Manuel Bonito da Silva.

Independentes

Carlos Galvão de Melo.

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