português. Logo, quando V. Ex.ª fala dos Melos e Champallimauds é porque esses nomes lhe dizem muito no cérebro, mas em Portugal e na prática, para este efeito, não podem dizer nada.
Vozes do PSD : - Muito bem!
O Sr. Victor Louro (PCP): - O senhor é mesmo ingénuo.
O Orador: - Lamento os termos em que estou a responder. Estou a responder em termos muito mais demagógicos e extremamente, mais errados do que aqueles que o Sr. Deputado Carlos Carvalhas utilizou.
O Sr. Victor Louro (PCP): - Não tenha dúvida.
O Orador: - Simplesmente, quando se usa demagogia é-se obrigado a responder com dureza e firmeza. Não é meu hábito fazer isso nesta Casa. Todavia, a questão que me foi posta pelo Sr. Deputado Carlos Carvalhas só merece uma resposta: É que de demagogia estamos cansados; de falsas intenções também estamos cansados, porque é a prática usual e tradicional do Partido Comunista Português.
O Sr. Pedro Roseta (PSD):- Muito bem!
O Orador: - Todavia, mio caso vertente ver o que não existe, outras intenções senão a da praticabilidade de uma lei, é pura e simples demagogia. Nesse sentido, nós estamos dispostos na especialidade, e relativamente à proposta que o Sr. Deputado Luís Cid indirectamente formulou, a contemplá-la em termos de ela poder merecer um certo consenso na Comissão. Por aqui se verá se a intenção da nossa parte é de regulamentar um preceito já aprovado ou se, pelo contrário, é a teoria da maquinação e do complot. A muitos que falam em maquinação e complot, sobretudo àqueles que o fazem a torto e a direito, sou obrigado a perguntar: O facto de o referirem tantas vezes quererá significar que trazem algo no subconsciente?
Vozes do PSD: - Muito bem!
O Orador: - A dúvida é pertinente, deixando-nos a todos uma hipótese de que assim seja.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Carlos Carvalhas pede a palavra para que efeito?
O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Sr. Presidente, se o Sr. Deputado Angelo Correia fez um protesto, eu quero fazer um contraprotesto.
O Sr. Presidente: - Então tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Sr. Presidente e Srs. Deputados: A prática do meu partido, que o Sr. Deputado Angelo Correia se atreveu a qualificar de demagógica, está em cinquenta anos da luta contra o fascismo...
Risos do PSD
...nas masmorras da PIDE, enquanto outros estiveram nas cadeiras do colaboracionismo.
A Sr.ª Ercília Talhadas (PCP): - Muito bem!
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: - A que título é que agora o Sr. Deputado Ângelo Correia pretende usar da palavra?
O Sr. Ângelo Correia (PSD): - Sr. Presidente, se V. Ex.tt m,e permite, gostaria de dar um pequeno esclarecimento ao Sr. Deputado Carlos Carvalhas.
O Sr. Presidente: - Então tem a palavra, Sr. Deputado.
ta tributável. Se, por acaso, nesse conjunto de cidadãos estão incluídas pessoas que podem utilizar a faculdade prevista no artigo 30.º, então apliquem-na. Os Melos e os Champallimauds vão naturalmente receber indemnizações? Pois vão. Simplesmente, recebendo indemnizações, não quer dizer que as vão mobilizar para